Foto: Tetra Images/Corbis
Engana-se quem pensa que os problemas oftalmológicos só começam na fase adulta. Os recém-nascidos e crianças pequenas também podem apresentar sintomas de doenças oculares, por isso, os pais devem ficar atentos para recorrer a um especialista quando perceberem que algo está errado. Gabriela Eckert, coordenadora do ambulatório oftalmológico pediatra doHospital Criança Conceição, explica que nos bebês que nascem a termo e com gestações normais, com o acompanhamento médico (pré-natal), os problemas são raros. “O ideal é realizar o teste do olhinho ainda no berçário. O pediatra examinará os olhos do bebê em uma sala escura, para avaliar se aparece o reflexo vermelho em cada olho. Caso algum dos olhos não apresente, o médico já pode diagnosticar uma série de doenças. Entre as mais comuns nos recém-nascidos são o descolamentos de retina, cataratas congênitas, toxoplasmose ocular e retinoblastoma, que é um tipo de tumor”, orienta.
Segundo a coordenadora, no caso de crianças menores que não conseguem se comunicar verbalmente, os pais precisam prestar atenção aos sinais e sintomas oculares, pois esse é o melhor caminho para detectar problemas de vista precocemente. “Observar se os pequenos apresentam olhos vermelhos, dores de cabeça, oculares, lacrimejamento, coceira ocular, tersol, abertura de um olho só, pupila branca e conjuntivites repetidas. Além disso, crianças maiores que tropeçam e caem com maior facilidade podem apresentar dificuldade na hora de olhar na direção correta quando chamados, apresentando erro de reflexo, problemas de grau e catarata infantil”, ressalta Gabriela.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) preconiza que toda criança deve ser examinada de seis em seis meses por um oftalmologista até chegar aos dois anos. “É o ideal, porque a visão do bebê precisa ser estimulada para se desenvolver, diferente da audição, por exemplo. A visão dos indivíduos se desenvolve dos zero aos sete anos de idade. Até os dois anos, o ideal é ir ao oftalmologista duas vezes por ano. Depois, ao menos uma vez.”
Vale lembrar que os pais que usam óculos devem redobrar os cuidados com seus filhos, já que muitos problemas oculares e até mesmo o uso dos óculos tem fatores genéticos, congênitos e exigem mais atenção. “Quanto mais cedo acontecer o diagnóstico e tratamento de doenças oculares, maior será a chance de se ter um correto desenvolvimento da visão”, finaliza.
Fonte: Érica Santos / Comunicação Interna e Conteúdo Web
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