sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Câncer de pele deverá atingir 182 mil brasileiros em 2014

Foto: B. Boissonnet /BSIP/CorbisFoto: B. Boissonnet /BSIP/CorbisEm um país como o Brasil, o sol brilha muitos dias durante o ano para alegria dos que curtem pegar uma cor, seja na praia, piscina, rios ou parques. Principal causa do câncer de pele, os raios solares ultravioletas podem alterar as células do tecido provocando o câncer responsável por 31,5% dos tumores previstos no país para 2014, além de causar um envelhecimento precoce e lesões nos olhos.É o que aponta a publicação Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil, divulgada na quarta-feira (27), Dia Nacional de Combate ao Câncer, peloMinistério da Saúde (MS) e Instituto Nacional de Câncer(INCA). A estimativa releva que em 2014 mais de 576 mil pessoas receberão o diagnóstico de câncer. Dessas, 182 mil terão o diagnóstico de câncer de pele. Veja mais números da pesquisa aqui.Hoje com 60 anos, o carioca Fernando Castelo Branco foi criado perto da praia e tomou muito sol durante a vida. “Era todo final de semana e nos verões quase todo dia. Ficava esticado na areia. Muito branco e querendo ficar moreno, já pensou? Aí não tem jeito”, conta Fernando. Ele relata que naquela época não se falava em protetor solar. Após cinco anos com uma mancha no ombro ele resolveu ir ao médico e descobriu se tratar de um tumor.“Tinha uma desconfiança, mas não sabia o que era. Às vezes coçava, ardia e até sangrava, mas não chegava a doer, nem incomodar”, disse Fernando. Feridas que não cicatrizam em quatro semanas; mudança na textura da pele; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram podem indicar um tumor na pele. Como às vezes não chega a incomodar, a pessoa demora a procurar um médico.Foi o que também aconteceu com Denis Santos, 74 anos. Ele estava com uma pequena ferida na testa há 10 anos. “Nunca incomodava e sempre fechava a ferida, fazia a casquinha e depois abria de novo”, relata Denis, que passou por uma cirurgia há três meses e hoje está curado. Tanto Fernando, quanto Denis foram tratados no hospital do INCA no Rio de Janeiro pelo responsável da Dermatologia do hospital, o Dr. Dolival Lobão Filho.O médico recomenda a aplicação de protetor solar meia hora antes da exposição ao sol. “Deve-se aplicar o protetor a cada duas horas, a cada mergulho na água ou sempre depois de uma transpiração excessiva”, explica o Dr. Dolival. Ele sugere que as pessoas muito brancas criem o hábito de usar protetor solar mesmo que não forem tomar sol propositalmente. “É preciso usar o bom-senso. Isso porque é acumulativo. Quanto mais sol, maior a chance em desenvolver um tumor”, comenta.O dermatologista do INCA chamou atenção também para o horário de exposição ao sol. Deve-se evitar tomar sol entre as 10 e 16 horas. “O raio ultravioleta B é o responsável pelo câncer e age com maior intensidade perto das 12 horas. Já o raio ultravioleta A está relacionado ao envelhecimento da pele e age igualmente em qualquer hora do dia. A pessoa sofre sua ação no pôr do sol do mesmo jeito que ao meio-dia”, revela o Dr. Dolival.Sobre o câncer de pele – Existem dois tipos de câncer de pele. Uma com maior incidência e de menor agressividade, que não mata. E outro de menor incidência, porém mais agressivo e que pode chegar a matar, chamado de melanoma. O primeiro, chamado de não melanoma, é o que está mais relacionado à exposição ao sol. Mesmo não levando ao óbito, pode causar danos graves no local em que aparece. Perto do olho pode levar a cegueira, perto da boca ou do ouvido a deformações limitadoras. Se não tratado causa grandes estragos na pele, principalmente em pessoas de pele clara.


Lucas Leon / Blog da Saúde

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tratamento precoce pode curar 70% das crianças com câncer infantil

Foto: John Van Hasselt / CorbisFoto: John Van Hasselt / CorbisDe acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de um a 19 anos. Os tumores mais frequentes são as leucemias, os do sistema nervoso central e linfomas. A boa notícia é que cerca de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

A chefe da pediatria do INCA, Sima Ferman, alerta para que os pais fiquem atentos às queixas das crianças. "O câncer em criança, na maioria das vezes, você não identifica um fator causal. O que a gente pode fazer em criança é exatamente o diagnóstico precoce. Então a gente sempre fala para os pais que não desvalorizem a queixa da criança. A criança não inventa sintoma, se a criança diz que não está bem, ela tem que realmente ir ao pediatra. O tratamento hoje é feito não só para a cura da criança, mas também a qualidade de vida e a criança ser reintegrada à sociedade, ser um adulto finalmente produtivo", explica a pediatra.     
A cuidadora, Maria dos Reis, por exemplo, tem uma filha adolescente que foi diagnosticada com leucemia. A jovem faz quimioterapia no Hospital da Criança em Brasília que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Maria dos Reis conta que está satisfeita com o tratamento. "O hospital é maravilhoso, os médicos, os enfermeiros, os auxiliares. Todo mundo tem muito carinho por todas as crianças que passam por ali e isso ajuda a gente muito. Oferece várias atividades, todo dia tem uma atividade diferente para eles, tanto para os pais como para os pacientes. A gente tem acompanhamento com psicólogo, tem o tratamento com o psiquiatra quando precisa, a gente tem todo um acompanhamento, está tudo dando certo, graças a Deus."      
Atualmente, 277 hospitais que atendem pelo SUS estão habilitados para o diagnóstico e tratamento de câncer em todo o Brasil. Para saber mais, acesse o site do INCA e saiba mais.

Fonte: Ana Cláudia Amorim /
 Web Rádio Saúde/ Agência Saúde

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

BELFORD ROXO E AACD TRABALHANDO
PELA REABILITAÇÃO DA POPULAÇÃO
          Parceria entre a Prefeitura de Belford Roxo e AACD, aumenta o número de benefícios em equipamentos para mobilidade, como cadeiras de roda, andadores, muletas dentre outros, para atender a população de Belford Roxo.  
          Conforme a Diretora de Reabilitação da Secretaria de Saúde do Município, Aurea Fernanda, esse mutirão está acontecendo pela segunda vez esse ano e já tem data para o próximo.  
          Ela explica que o atendimento é personalizado, por isso o usuário passa por uma avaliação médica para definir como seu equipamento de mobilidade deve ser desenvolvido, já que é tudo personalizado e produzido sob medida, .  
          A pessoa com necessidades especiais que queiram fazer parte desse projeto, deve cadastrar-se na Secretaria de Saúde do Município, Av. Mariano Passos, em cima do PAN da Prata, munido de (cópia) Identidade, CPF, Comprovante de residência e um laudo médico, mesmo que seja antigo.
Redação: Tony Ribeiro

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Hospitais federais terão 1.578 novos profissionais

Foto: Laura Doss/Corbis
Ministério da Saúde vai contratar 1.578 profissionais para os hospitais federais do Rio de Janeiro – Andaraí, Bonsucesso, Lagoa, Ipanema, Cardoso Fontes, Servidores do Estado – além do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e Instituto Nacional de Traumatologia e OrtopediaJamil Haddad (Into). Portaria que autoriza o Ministério a realizar a contratação foi publicada nesta terça-feira (12) no Diário Oficial da União.A expectativa é de que os estes profissionais (411 médicos, 616 nível superior e 551 nível intermediário) sejam contratados ainda este ano.
Os contratos serão temporários, com duração de seis meses. A seleção dos profissionais será feita mediante processo seletivo simplificado, com ampla divulgação pela pagina do Núcleo Estadual do Rio de Janeiro (NERJ) do Ministério da Saúde – www.nerj.rj.saude.gov.br. O processo será coordenado pelo NERJ que já criou uma comissão de servidores para analisar os currículos. No primeiro semestre deste ano, o Ministério da Saúde já havia realizado a contratação de 499 profissionais, sendo 182 médicos, para os hospitais federais – que somados a nova contratação representam 2.077 postos de trabalho.
O Ministério da Saúde vem realizando uma série de ações para recompor a força de trabalho e reestruturar os seis hospitais e os institutos federais, como forma de qualificar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre 2010 e 2012, o Ministério da Saúde realizou dois concursos públicos para recompor o quadro de médicos, totalizando 1.536 nomeados.
Para suprir as necessidades de profissionais nos hospitais federais do Rio de Janeiro, somente em 2011 o Ministério da Saúde contratou 1.172 médicos temporariamente. Entre 2011 e 2012, 152 médicos pediram exoneração e outros três foram demitidos – totalizando perda de 155 profissionais em dois anos.
Gestão - Desde 2011, uma série de ações de controle e melhoria de gestão para reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro vem sendo realizada pelo Ministério da Saúde. Estas medidas permitiram uma economia de R$ 140,8 milhões na compra de insumos e medicamentos, contratação de serviços continuados, locação de equipamentos e contratação de obras e serviços.
Fonte:   Agência Saúde

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Saúde debate DST, aids e hepatites virais

Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (05), em Curitiba, a primeira de uma série de consultas à sociedade civil para debater os rumos da política de enfrentamento das DST, aids e hepatites virais no país. O fórum, que acontece na capital paranaense até amanhã, reúne cerca de 700 pessoas da Região Sul, entre pesquisadores, representantes de movimentos populares e integrantes das secretarias municipais e estaduais de saúde dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Entre os assuntos em pauta referente à aids está o novo protocolo de tratamento clínico de adultos, que irá estender o uso de antirretrovirais a todas as pessoas com HIV, independente da contagem de CD4. Durante o evento, serão discutidas as estratégias para intervenção entre populações vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens (HSH), gays, profissionais do sexo, travestis, mulheres transexuais, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade e pessoas em situação de rua. Também será discutida a construção de uma agenda de trabalho com as ações integradas à atenção básica.
O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, explica que as  consultas públicas fazem parte das novas diretrizes do Ministério da Saúde e são baseadas na abertura ao diálogo democrático com todos que participam do enfrentamento às DST, aids e Hepatites virais no país. Fábio ressalta que o evento é uma oportunidade de debater, com toda a sociedade, as inovações tecnológicas e as novas evidências científicas que pautarão as ações do Governo, levando em conta as realidades regionais.
“O encontro também será um importante fórum de debate para o fortalecimento da atuação conjunta entre o governo federal, estados, municípios e organizações da sociedade civil para realização de ações de prevenção e testagem em parceria”, explica o diretor.
Hepatites– Durante o evento, serão discutidas ações com a atenção básica para a ampliação de acesso ao diagnóstico e aos insumos de prevenção à doença, como preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante, kit de redução de danos, dentre outros. Também serão traçadas estratégias para simplificar o acesso ao tratamento das hepatites B e C, assim como o manejo das pessoas coinfectadas com HIV e aids, além medidas visando à ampliação da prevenção, testagem e oferta da vacina da hepatite B entre populações vulneráveis.
Serão realizadas mais cinco consultas, duas na Região Nordeste e uma em cada região (Norte, Sudeste e Centro-Oeste). O próximo evento será em Belém (PA), reunido o público da Região Norte e em Goiânia (GO) com os representantes da Região Centro-Oeste. As consultas da Região Nordeste foram divididas em dois eventos por razões logísticas, a primeira reunindo os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba e a segunda voltada aos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí.
Estão disponibilizados, na página do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, materiais que subsidiarão as consultas, como vídeo de apresentação da situação atual da epidemia DST/aids e das hepatites virais e as prioridades do Departamento, materiais de referência e um Instrumento com os principais pontos a serem discutidos presencialmente. Para mais informações: fcp2013@aids.gov.br.

Fonte:  Agência Saúde

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

HTLV, o parente desconhecido do HIV

Foto: Sciepro/Science Photo Library/Corbis
Você já ouviu falar do vírus HTLV? Apesar de ter impactos menores que o HIV, também é preciso se cuidar contra esse outro vírus sexualmente transmitido. A Infecção pelo Vírus T-linfotrópico humano (HTLV) é causada por um retrovírus transmitido do mesmo jeito que o HIV, que ataca o sistema imunológico e também não pode ser eliminado do corpo. Menos agressivo que o HIV, o HLTV na maioria das vezes não se manifesta. Apenas 3% a 5% dos infectados desenvolvem alguma patologia grave com o vírus.
As duas principais doenças que o HTLV causa são a leucemia de célula T e a paraparesia espástica tropical. Essa última pode ocasionar a perda dos movimentos da cintura para baixo. De origens neurológicas, elas costumam trazer graves problemas aos pacientes.
A transmissão ocorre de diferentes formas, incluindo a transmissão vertical, ou seja, da mãe para o filho, através da via transplacentária ou pela amamentação; pelo contato sexual sem proteção; pelo compartilhamento de seringas contaminadas e por transfusões de sangue infectado. Essa última forma de transmissão é rara, já que toda bolsa de sangue é testada. “Nosso maior desafio é evitar a transmissão de mãe para filho”, explica a presidente da ONG Vitamore, Sandra do Valle, que atua com os portadores do vírus. Recomenda-se que as mães portadoras do HTLV evitem amamentar.
Com maior prevalência na Bahia, o HTLV tem se manifestado também com mais força no Rio de Janeiro, Pará e Rio Grande do Sul. Por motivo ainda desconhecido, os coquetéis retrovirais que combatem o HIV não funcionam com o HTLV, apesar de também ser um retrovírus. “Como ele não tem medicação própria, é mais difícil evitar as doenças oportunistas”, explica Sandra, que aponta a tuberculose como uma preocupação dos portadores. As doenças oportunistas são aquelas que aparecem nas pessoas que estão com o sistema imunológico fragilizado.
Mesmo sem medicação própria, Sandra do Valle explica que há como conter o avanço da doença, caso ela venha se manifestar, com medidas não medicamentosas. “A pessoa pode estabilizar a doença e evitar que ela se agrave mudando seus hábitos. Ter uma boa alimentação, fazer alguma atividade física, e também uma fisioterapia adequada”, relata a presidente da ONG Vitamore.
Sandra decidiu montar a ONG após descobrir que era portadora do HTLV. Segundo ela, o mais difícil no começo foi a falta de informação. Por isso, decidiu saber tudo sobre a doença. “Minha saúde está estável, meus exames neurológicos são excelentes, faço visita ao meu médico de 3 em 3 meses para avaliação, e posso dizer que no momento estou assintomática”, comemora Sandra, que passou a ter uma alimentação diferenciada e fazer exercícios, e hoje ajuda os que passam pela mesmo dificuldade.
Lucas Leon / Blog da Saúde

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Alimentação adequada pode melhorar os sintomas da gastrite, afirma médico



Foto: Ocean/Corbis
Mal estar, sensação de queimação, dor incômoda no alto da barriga, enjoos e indigestão. Esses são alguns sinais de gastrite, inflamação da mucosa do estômago. “Ela pode ser diagnosticada pelo exame de endoscopia. O sintoma mais comum é a dor e queimação no abdômen”, explica André Nazar, gastroenterologista do Hospital Federal dos Servidores do Estado (RJ). Quem sofre com a doença deve ter muito cuidado com o cardápio, pois a ingestão de determinados alimentos podem agravar a situação.
Uma dieta equilibrada é fundamental. Ela pode, além de diminuir os incômodos sintomas, aumentar a qualidade de vida. “Após o diagnóstico, é fundamental adotar algumas restrições alimentares. Devem ser evitados alimentos ácidos como o abacaxi, limão, laranja e lima – e também refrigerantes e café. Eles ajudam a agravar a acidez e sensação de queimação no estômago”, orienta a profissional.
Antes de iniciar qualquer reeducação alimentar, é fundamental consultar um médico para avaliar o quadro geral de saúde. É importante lembrar que as dietas muitas vezes devem ser feitas com auxílio de medicamentos – dependendo da gravidade do caso.
Estresse faz mal ao estômago – Nazar diz que há um tipo de gastrite ligada ao estresse, a gastrite nervosa. “Pessoas muito estressadas se alimentam mal, dormem pouco e passam por várias situações conflitantes durante o dia. Com isso, quem não se dedica corretamente à alimentação sofre mais com os sintomas. Esses indivíduos acabam comendo mais besteiras, não seguem uma rotina alimentar e isso favorece na diminuição dos estímulos e células digestivas, propiciando a má digestão e sensação de mal estar”, alerta.
Curiosidade – O cigarro potencializa os sinais da gastrite. O ato de fumar aumenta a produção de ácido no estômago, por ter ação deletéria sobre todos os órgãos do aparelho digestivo. O tabaco é um agente que causa irritação local, assim como altera a formação dos dentes e a mucosa oral, prejudicando a digestão que começa na boca com o mastigar dos alimentos.
Fonte: Érica Santos / Agência Saúde

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

“Dietas milagrosas” podem trazer sérios riscos à saúde, afirma nutricionista do HFL

Foto: Andrea Bricco/Corbis
Muitas pessoas vivem atrás de dietas que prometem resultados milagrosos, rápidos e que não exigem muito esforço. Entretanto, seguir esses cardápios muitas vezes restritivos pode prejudicar o organismo e trazer uma série de riscos à saúde. “Na realidade, a melhor opção é uma mudança no hábito alimentar, ter uma alimentação rica em nutrientes, fibras e vitaminas, acompanhada da prática regular de exercício físico. Não existe dieta milagrosa e sim uma reeducação, que deve ser orientada por um profissional. Além disso, a redução da ingestão de certos alimentos pode levar à chamada cetose, que causa mau hálito, náuseas, mal estar e um gosto desagradável na boca.”, explica o nutricionista doHospital Federal da Lagoa (RJ), Felipe Rizzetto.
Quem deseja seguir uma dieta deve procurar um especialista em nutrição para definir os objetivos realísticos de perda de peso, que devem privilegiar a saúde e não os resultados imediatos. O ideal é reaprender a se alimentar. Rizzeto alerta sobre algumas dietas milagrosas e os perigos que elas podem trazer às pessoas.
Dieta das proteínas – Nesta dieta, fontes de carboidratos – principalmente massas, pães, doces e açúcares – são excluídas do cardápio. Em compensação, é livre a ingestão de carnes e outras fontes de proteínas como ovos e maionese, além de outras gorduras. Um dos perigos iminentes é a diminuição do nível de vitaminas e minerais no organismo, já que é proibida a ingestão de frutas. O consumo excessivo de gorduras também pode ocasionar aumento do colesterol e triglicerídeos. A dieta das proteínas pode gerar sintomas de fraqueza, cansaço, dores de cabeça e mau hálito. Se feita a longo prazo, pode trazer até problemas cardiovasculares.
Dieta dos pontos – Esta dieta consiste em anotar tudo o que se consome durante o dia, considerando que cada alimento tem uma pontuação. O controle é rigoroso, sendo a pessoa encorajada a calcular o valor total ingerido diariamente – respeitando o limite estabelecido. O grande problema desta dieta é que ela não incentiva a reeducação alimentar, fazendo com quem a segue coma de tudo, deixando de lado o equilíbrio nutricional. Além disso, ela pode provocar carência de nutrientes essenciais ao organismo.
Dieta dos sumos – Neste caso, a pessoa só pode ingerir frutas e legumes, preferencialmente em forma de sumos. Alternativamente, pode-se comer os mesmos alimentos em forma natural. O que pode acontecer: a diminuição da massa muscular, o que não é necessariamente positivo. Além disso, sintomas como cansaço, mal estar e sensação de má digestão podem aparecer.
Dieta da sopa – Durante a dieta, só é permitido consumir líquidos, sejam eles quentes ou frios. Normalmente, as pessoas ainda usam sopas artificiais. Deste modo, há uma baixa ingestão calórica e nutricional, causando o aumento do cansaço, sonolência e uma desnutrição a nível energético e proteico.
Fonte: Érica Santos - Ministério da Saúde