quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ministério da Saúde anuncia ações para enfrentamento da gripe


Foram distribuídos mais de 1,2 milhão de tratamentos de oseltamivir, disponibilizados recursos para o preparo da rede de saúde aos estados com maior incidência da doença e oferecido curso de capacitação aos profissionais de saúde  

O Ministério da Saúde está adotando uma série de medidas para o enfrentamento da influenza deste ano. Além da campanha nacional de vacinação, que imunizou mais de 32 milhões de pessoas e ultrapassou a meta de 80% do público-alvo, diversas ações em curso visam à prevenção e a redução do número de casos e óbitos por agravamento da doença.    
As medidas foram anunciadas nesta terça-feira (21) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e abrangem deste a disponibilização de R$ 30 milhões para a preparação da rede ambulatorial e hospitalar ao tratamento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), como a distribuição de 1,2 milhão de tratamentos de oseltamivir (tamiflu). Os recursos foram repassados aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.


Durante a entrevista coletiva, o ministro ressaltou que estes recursos foram direcionados aos estados que apresentam maior incidência de casos de gripe. Entre eles, o de maior preocupação, no momento, é São Paulo, onde foram notificados, neste ano, 1.863 casos de SRAG e 183 óbitos, sendo 55 para H1N1. Padilha anunciou que o Ministério da Saúde vai enviar ao estado uma equipe para investigação dos casos de óbitos; ampliar os pontos de distribuição do oseltamivir; realizar semanalmente videoconferências com a participação de 42 hospitais para monitoramento da influenza no estado, além de reuniões com as operadoras de planos de saúde para reforçar o protocolo da Influenza 2013. 
O ministro destacou a importância do uso do oseltamivir e fez um apelo para que estados e municípios facilite o acesso ao medicamento. Para isso, sugeriu que o Tamiflu seja disponibilizado em todas as unidades de saúde, nas UPAs, nos prontos socorros, facilitando assim  a prescrição pelo profissional de saúde. “O Ministério da Saúde garante a distribuição desse medicamento de graça e todos os estados estão abastecidos”, afirmou Padilha.
Segundo o ministro, estudo sobre os óbitos no ano passado no Rio Grande do Sul, demonstrou que apenas 5% das vítimas receberam o medicamento nas 48 horas. “ O tratamento deve ser iniciado de imediato, sobretudo para pessoas que estão no grupo de risco. Não se deve esperar a confirmação laboratorial ou o agravamento do caso”, explicou Padilha. Ele ressaltou ainda que o antiviral deve ser utilizado em pessoas  que fazem parte do grupo de risco e moram com alguém que teve influenza. A mesma recomendação serve para os moradores de asilos. “Essas pessoas devem receber o Tamiflu, mesmo que não tenham sinais e sintomas da doença”, observou;
O diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovich, explicou que um dos cuidados durante a revisão do protocolo de Influenza para 2013, foi a de reafirmar a recomendação para o uso do medicamento. “Existe uma falta do hábito dos nossos profissionais de saúde em prescrever o antiviral Tamiflu, talvez por entender que não existe tratamento específico para a gripe. Porém, há alguns anos existe este medicamento, com estudos confirmando a sua eficácia”, ressaltou.
RECURSOS - A aplicação do recurso (R$ 30 milhões) vai ampliar a capacidade de internações, com a criação de leitos extras para o tratamento de influenza, de acordo com a necessidade local. A estimativa é de criação de aproximadamente 450 leitos para o tratamento da influenza, distribuídos nos quatro estados, possibilitando 1,8 mil internações por mês.
O montante vai permitir a compra ou locação de cerca de 450 ventiladores respiratórios e 555 monitores cardíacos para equipar leitos de cuidados intermediários ou intensivos. Além disso, deverão ser adquiridos 1.500 oxímetros para os estabelecimentos de primeiro atendimento e unidades 24 horas de pronto atendimento clínico e pediátrico. O equipamento é usado na classificação de risco do paciente com síndrome gripal e facilita a identificação precoce de formas graves da doença.
O repasse do recurso foi baseado na análise dos locais com maior número de casos de Influenza em 2009. Ao estado de São Paulo foram destinados R$ 12,7 milhões; para o Rio Grande do Sul foram disponibilizados R$ 5,6 milhões; Santa Catarina R$ 5,4 milhões; e Paraná R$ 6,7 milhões. Os estados vão articular com os municípios o uso do recurso, de acordo com a situação epidemiológica prevista ou detectada. Nesses quatros estados foram realizadas 310.895 internações por SRAG, em 2009.
CURSO- Também como parte das medidas de preparação da rede pública, o Ministério da Saúde oferecerá, em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), curso de Educação a Distância (EAD) sobre o protocolo de influenza 2013. Voltado aos médicos que atuam na rede assistência à saúde, a capacitação tem o objetivo de reforçar o manejo correto de influenza, de acordo com protocolos atualizados.
O curso apresenta casos clínicos interativos, com explicações sobre os erros e acertos a cada decisão que o médico tomar. Ao final de cada caso, o profissional poderá assistir a um vídeo com comentários de médicos especialistas sobre o tema abordado. Além disso, o curso permite o acesso a materiais de apoio, como fluxograma de tratamento, orientações de etiqueta respiratória e links para outros conteúdos. Outros profissionais da saúde podem fazer o curso como visitante, mas não receberão declaração de conclusão. As inscrições podem ser feitas no link http://unasus.gov.br/influenza.
O Ministério da Saúde também vai distribuir 680 mil materiais informativos e educativos para orientação aos profissionais da área e também à população, como cartazes sobre tratamento e prevenção da gripe, display de mesa sobre tratamento, filipeta orientando a diluição do oseltamivir para crianças, algoritmo de atendimento.
PROTOCOLO – A orientação aos médicos para receitar o Fosfato de oseltamivir (Tamiflu), sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, em todas as pessoas que integrem o grupo de risco e que apresentem sintomas de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - como crianças menores de dois anos, gestantes, puérperas, indígenas que moram em aldeias, idosos, obesos e doentes crônicos - é uma das recomendações do Protocolo de Tratamento da Influenza 2013. O protocolo orienta ainda atenção especial às gestantes, reiterando a necessidade do uso do antiviral em até 48 horas após o aparecimento dos sintomas mesmo para as que receberam a vacina, além da investigação do caso com exames complementares.  Quem não pertence aos grupos mais vulneráveis, mas apresente sinais de agravamento da síndrome gripal, o tratamento com o antiviral deve ser iniciado com urgência.
DISTRIBUIÇÃO -O medicamento é oferecido gratuitamente na rede pública e reduz complicações e óbitos pela doença. Para retirar o medicamento, o paciente deve apresentar prescrição médica emitida tanto por profissionais da rede pública como da rede privada.  A adoção de ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal são algumas das recomendações para a prevenção da gripe.  Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. O Ministério da Saúde distribuiu aos estados 1.066.082 tratamentos do oseltamivir na fórmula adulto (75mg) e 141.900 tratamentos de uso pediátrico. 
AMPLIAÇÃO: A validade do antiviral usado no tratamento da Influenza foi ampliada, conforme resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida atendeu a solicitação do laboratório produtor (Roche) e do Ministério da Saúde, já que o prazo do antiviral com registro no Brasil era de dois anos. O mesmo medicamento possui vencimento de quatro anos em países europeus e nos Estados Unidos.
Com a resolução, o prazo de validade do Tamiflu com concentração 30mg e 45mg (fórmula infantil) passará de dois para quatro anos, a partir da data de fabricação. A modificação está amparada por estudos de estabilidade feitos pelo laboratório produtor. A extensão vale para todos os lotes do medicamento em posse do Ministério da Saúde. A iniciativa contribuirá para a garantia do tratamento adequado aos pacientes.
A alteração será apresentada em etiquetas na embalagem, que também manterá o lacre original de fábrica para demonstrar a integridade do produto. O Ministério da Saúde monitora a quantidade em estoque e avalia a necessidade do envio de novas remessas do medicamento.
IMUNIZAÇÃO:O balanço nacional aponta que foi superada a meta da 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Até as 11h desta segunda-feira (20), foram vacinadas 32,4 milhões de pessoas em todo o Brasil. O número representa uma cobertura de 83,7% do público alvo, excluídas as doses aplicadas em doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade.  A meta era vacinar 80%, de um total de 39,2 milhões.
Dezenove estados e o Distrito Federal atingiram 80% ou mais de cobertura vacinal. O Ministério da Saúde (MS) recomenda aos estados e municípios que não atingiram a meta para que continuem vacinando quem faz parte dos grupos prioritários. Na análise por grupo prioritário, a campanha teve melhor adesão entre as mulheres em puerpério (45 dias após o parto) com 100% de cobertura, seguido dos trabalhadores em saúde 93%, crianças 88,4% e pessoas acima dos 60 anos 82,3%. A população indígena teve 74,7% de imunização e gestantes alcançaram o menor índice com 73,6%. Grávidas ainda podem se vacinar. A vacina é segura e a melhor forma de prevenção antes do inverno. Foram ainda aplicadas 5,7 milhões de doses em doentes crônicos e 226,1 mil doses em pessoas privadas de liberdade. As pessoas que formam o grupo prioritário são consideradas mais vulneráveis a desenvolver a forma mais grave da doença e ter complicações, como internação e mortes. 
RAIO X DA DOENÇA:  De 1º de janeiro a 12 de maio de 2013, foram notificados 4.713 casos hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), destes 388 casos foram confirmados para o vírus Influenza A(H1N1). No mesmo período deste ano, foram confirmados 391 óbitos por SRAG, sendo 61 por A(H1N1). Durante o ano de 2012, foram registrados 20.539 casos da SRAG, sendo confirmados 2.614 para A (H1N1). No ano passado, foram contabilizadas 1.931 mortes, sendo 351 pelo vírus pandêmico.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Endocrinologista alerta para riscos do uso de anabolizantes



Fonte: Ron Chapple/Ron Chapple Stock/Corbis
A busca pelo corpo perfeito não pode colocar a saúde do indivíduo em risco. Alguns, em nome da beleza, exageram nos exercícios físicos, dietas sem indicações nutricionais e até apelam para o auxilio de anabolizantes e medicamentos para acelerar os efeitos tão desejados. Popularmente chamados de “bomba”, os anabolizantes podem ser tomados via oral (cápsula ou comprimidos) ou serem injetados diretamente no músculo. Essa prática ilegal e sem orientação médica pode trazer uma série de riscos à saúde. O endocrinologista do Hospital Federal de Bonsucesso, Miguel Madeira, aponta os principais problemas e consequências causados pelo uso indiscriminado de anabolizantes.
O que são anabolizantes?
“Os anabolizantes ou esteroides são substâncias derivadas da testosterona, hormônio produzido pelo homem e responsável por muitas das características que diferem o sexo masculino do feminino.”

Qual o efeito da testosterona e dos anabolizantes?
“A testosterona é responsável pela distribuição de pelos corporais nos homens, formação da barba, engrossamento da voz, maior densidade mineral dos ossos e, principalmente, pelo aumento do tamanho dos músculos, resistência e força física. Para ter um corpo definido e musculoso, muitos homens e mulheres tomam ou injetam anabolizantes com a expectativa de alcançar uma imagem corporal perfeita, prejudicando a saúde em todos os aspectos.”

Quais as consequências do uso abusivo de anabolizantes?
“O anabolizante utilizado de maneira aleatória e sem recomendação médica pode acarretar efeitos colaterais, como a elevação da pressão arterial, aumento do LDL. Pode ocasionar várias alterações cardíacas, como a hipertensão arterial, doença arterial coronariana e até infarto do miocárdio. Além disto, pode surgir acne, aumento de pelos, alterar os períodos menstruais, trombose, depressão, agressividade, acelera o processo de calvície e engrossa a voz, principalmente nas mulheres. Gera ainda uma série de lesões no fígado, como o desenvolvimento de tumores ou mesmo falência hepática grave.”

Afeta o desenvolvimento dos adolescentes?
“Nos jovens, aumenta o tecido mamário, atrofia dos testículos, com redução da produção de espermatozoides. Além disso, o uso de anabolizantes pode acarretar no fechamento precoce das cartilagens de crescimento prejudicando a estatura prevista para a faixa etária.”

Quais os efeitos dos medicamentos veterinários?
“No intuito de ter o corpo perfeito e musculoso, muitos apelam para os hormônios de crescimento veterinários, substâncias tóxicas, de uso exclusivo para cavalos, vacas e cachorros. Além disso, por ser um remédio ilegal, é comprado de forma clandestina e, na maioria das vezes, vem falsificado, um risco maior ainda para saúde do usuário.”

Em quais casos os médicos podem receitar o uso de anabolizantes?
“Esse tipo de medicamento pode ser utilizado com supervisão médica em determinadas situações. Normalmente, é recomendado para homens com deficiência na produção da testosterona, evento comum na terceira idade. Entretanto, pode ocorrer em qualquer fase da vida. Os sintomas mais comuns são cansaço excessivo, falta de disposição, diminuição dos pelos corporais, redução da frequência e da intensidade das ereções. Mesmo assim, seu uso é racionado pelo médico. A reposição adequada da testosterona é de apenas uma ampola por mês. Para ter uma ideia, as pessoas que fazem uso do hormônio como anabolizante usam em média de 5 a 6 aplicações por mês, gerando uma série de efeitos colaterais que podem levar ao óbito”, finaliza.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

PET-Saúde proporciona aos estudantes a vivência do conteúdo que aprendem na faculdade


Foto: Blend Images/Corbis
Atrelar a teoria acadêmica das salas de aula à prática diária dos serviços de saúde para formar profissionais de qualidade – esse é o intuito doPrograma de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Para que isso aconteça, o Ministério da Saúde está financiando projetos, elaborados por instituições de ensino superior em conjunto com secretarias municipais e estaduais, que buscam melhorias para o Sistema único de Saúde (SUS).
O programa quer que estudantes de diferentes cursos mediados por professores e profissionais da área, também de formações diferentes, trabalhem e aprendam em conjunto. A coordenadora do PET-Saúde, Eliana Cyrino, explica: “Queremos estudantes de diferentes cursos da saúde trabalhando de forma integrada. Eles vão estudar determinada situação, interagir e propor uma intervenção para o melhoramento do SUS. Nós queremos também que o aluno aprenda a valorizar o trabalho em equipe, valorizar o saber de cada um. Conhecer a especificidade de cada profissão para dar valor aos demais profissionais que vão trabalhar com eles”.
O PET-Saúde é regulamentado pela Portaria Interministerial nº 421, de 03 de março de 2010. Conforme consta no documento, o MS disponibiliza bolsas para tutores, preceptores (profissionais dos serviços) e estudantes de 16 cursos de graduação da área da saúde. Tanto os alunos, quanto os demais participantes do PET têm que cumprir oito horas semanais no projeto. Podendo ser em qualquer período, inclusive na parte da noite e nos fins de semana.
Cada grupo PET trabalha com um tema que é relacionado às demandas da sociedade local e às prioridades do Ministério da Saúde. “Temos temas de cuidados ao diabético, cuidados ao hipertenso, diminuição da mortalidade materna, saúde mental, entre muitos outros”, explica. Hoje, o programa conta com a participação de 99 instituições de ensino superior, abrangendo 709 cursos de saúde. Com 120 projetos em execução, a ação envolve mais de oito mil bolsistas, entre tutores acadêmicos, preceptores dos serviços de saúde e estudantes. A expectativa é que com o último edital do mês de abril duplique o número de estudantes atuando nas redes de atenção nos próximos dois anos, tempo de duração dos projetos.
Na prática – “O PET é a educação pela prática. A idéia é que o aluno tenha muita dimensão da prática da saúde. Por isso, eles acompanham no ambulatório e também fazem visita domiciliar. Para que conheçam todos os pontos de cuidado. Eles têm que entender que o cuidado não é só em um ponto do hospital ou só na hora da cirurgia, mas sim, que se interrelaciona como uma rede. Só assim conseguimos garantir o cuidado integral para o paciente”, explica Eliana Cyrino.

Flavia Daniele Barreto está no quarto ano do curso de medicina, já participou do PET de Saúde Mental e está integrando o PET de Urgências e Emergências. Aos 26 anos, a estudante da Universidade Estadual de Feira de Santana (BA), sabe que quer trabalhar na área de emergências e entusiasmada com o programa, conta como ele irá ajudá-la: “É uma oportunidade de ampliar o campo de prática e de pesquisa. Porque uma coisa é como a gente aprende na faculdade e outra é como a gente aprende na prática. Por exemplo, hoje estou trabalhando com acolhimento e tentando desafogar um pouco as unidades terciárias. Nós vemos que alguns atendimentos podem ser feitos aqui mesmo na atenção básica e orientamos o paciente com relação ao tipo de unidade que ele deve procurar. Isso ajuda a desafogar o sistema, melhorando muito a realidade e interferindo no tempo resposta das unidades”, destaca Daniela.
Pesquisa – A estudante acrescenta: “Através das pesquisas, podemos evidenciar falhas em alguns campos onde nós mesmos, quando profissionais, poderemos trabalhar para corrigir. Isso eu não aprendo na sala de aula. Para o meu crescimento profissional está sendo muito proveitoso”. Para a coordenadora do PET, Eliana Cyrino, o benefício é de todos que participam do projeto, mas o benefício maior é a formação dos estudantes e, consequentemente, para a população que terá melhores profissionais.
O programa – Quando o edital é aberto pelo Ministério da Saúde, toda e qualquer instituição pública ou privada sem fins lucrativos, que ofereçam cursos de graduação nas 16 áreas da saúde, podem se inscrever. Para isso, um projeto em parceria entre a instituição e a secretaria municipal ou estadual deve ser enviado para o MS e nele já deve haver o nome do tutor que será responsável pelo projeto na universidade e o nome do preceptor que irá coordenar os alunos no serviço de saúde. Após os projetos serem selecionados pelo MS, a instituição poderá abrir as inscrições e selecionar os alunos que irão participar do PET-Saúde.
Parceiros – O programa é uma parceria entre a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES)Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) e Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, a Secretaria de Educação Superior (SESu), do Ministério da Educação, e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD/GSI/PR). A iniciativa conta com investimento de 76 milhões de reais do Ministério da Saúde.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Organização de atividades ajuda a controlar distúrbios do sono, orienta especialista


Foto: David Cleveland / Image Source / Corbis
Quando o despertador toca na segunda-feira, algumas pessoas precisam fazer um grande esforço para abrir os olhos, e, mesmo assim, não conseguem despertar com facilidade. Essa dificuldade em acordar no primeiro dia útil da semana é bastante comum e ocorre porque as pessoas modificam os horários do sono nos fins de semana. Geralmente, dormem e levantam mais tarde no sábado e no domingo.
“O ideal é não abusar dois dias seguidos. Se dormiu muito tarde na sexta-feira, durma mais cedo no sábado. Tentar evitar o cochilo durante a tarde de domingo também é importante, para não ficar sem sono e dormir muito tarde”, aconselha a otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono, Luciane Mello, responsável pelo Ambulatório de Ronco e Apneia do Hospital Federal da Lagoa (RJ), vinculado ao Ministério da Saúde.
De acordo com a especialista, é importante evitar desconfortos perto da hora de dormir, como ficar exposto à luz de computadores ou aparelhos de TV ou ingerir bebidas que contenham cafeína ou álcool, por exemplo. Embora o álcool seja um depressor do sistema nervoso central e cause sono, a qualidade é afetada. “O álcool fragmenta o sono. Ele impede que a pessoa atinja uma fase mais profunda do sono, e esse se torna leve e superficial. Isso dificulta acordar cedo. Por isso é indicado evitar bebidas alcoólicas, principalmente, no domingo”, explica Luciane.
Atraso e avanço de fase – Cada um tem um padrão de sono diferente. A médica do Hospital Federal da Lagoa lembra que há casos de alterações no sono que estão relacionados com o relógio biológico, fazendo com que a pessoa atrase ou adiante o horário de início de sono. Na chamada síndrome do atraso de fase de sono, por exemplo, a pessoa não consegue dormir cedo. Mas, devido aos compromissos do dia seguinte, é obrigada a levantar. Resultado: a quantidade de horas de sono acaba sendo insuficiente.
“As pessoas que dormem mais tarde, acordariam mais tarde, se pudessem. É o relógio biológico delas. Elas precisam ser muito disciplinadas porque têm que se ajustar e acordar mais cedo. Para quem possui esse distúrbio, o ideal seria trabalhar no turno noturno. Se isto não for possível, uma dica é praticar exercícios físicos logo pela manhã, para estimular o organismo”, orienta Luciane.
No avanço de fase, por sua vez, a pessoa tem sono mais cedo, logo no final da tarde ou começo da noite, e desperta naturalmente muito cedo. Como no atraso de fase, não há alteração na qualidade nem na quantidade de sono, somente é necessária uma adequação dos horários. “Essas pessoas não vão muito ao consultório procurar ajuda profissional porque o avanço de fase não atrapalha no trabalho. Somente em ocasiões sociais, como não conseguir ir a um evento, mas a maioria não percebe que isto é uma síndrome”, conta a otorrinolaringologista.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Aproximadamente 50% das ligações recebidas pelo SAMU são trote


Já imaginou se 50% das ligações que você recebesse fossem trote? Não, né?! Mas é isso que acontece com a Central 192 do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), de acordo com dados levantados pelo Ministério da Saúde.

Cada vez que uma equipe do SAMU é mobilizada para atender uma chamada falsa, além de atrapalhar o atendimento de alguém que realmente precisa, são gastos tempo e dinheiro sem necessidade. O número de telefone, 192, é para atender a situações de emergência, pessoas que realmente estejam precisando de atendimento imediato.
O coordenador de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Paulo de Tarso, ressalta que a brincadeira pode causar sério danos a um amigo, um colega de escola ou até mesmo algum membro da família. “Então, na hora que o telefone do saúde fica preocupado com estou ocupando o 192 do SAMU com uma brincadeira, com uma mentira, um trote, eu estou correndo risco de fazer alguém que esteja com um problema grave possa até evoluir para um agravo maior ou até o óbito”, alerta Tarso.
O Ministério da Saúde alerta ainda que, para combater os trotes ao SAMU 192, é necessário educar a população sobre o serviço. Por isso, o coordenador de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Paulo de Tarso, destaca a importância do trabalho educativo realizado com as crianças. “Nos lugares aonde o núcleo de educação permanente do SAMU fez um trabalho com as crianças, que tem vários nomes pelo Brasil, o Samuzinho, o Samuca, etc. A hora que a criança entendeu e viu como esse serviço funciona os trotes caíram em mais de 50 e 60 por cento daquele numero anterior” destaca o coordenador.
Fica o alerta: trote atrapalha e é crime, de acordo com o Art. 266 do Código Penal, com pena de detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Como utilizar o Samu 192 – Veja algumas orientações às pessoas que acionam o serviço em casos de emergência:
  • Manter-se próximo à vítima;
  • Tentar manter a calma;
  • Informar ao telefonista o endereço, ponto de referência, nome e idade do paciente;
  • Descrever com clareza o que aconteceu, o que o paciente está sentindo e responder às perguntas do médico;
  • Seguir as orientações passadas pelo médico.
Fonte: Blog da Saúde, com informações da Web Rádio Saúde

terça-feira, 14 de maio de 2013

Acne na fase adulta é comum em pessoas com alterações hormonais ou com pele oleosa


Foto: Ocean / Corbis
O surgimento de acnes é comum durante o período da puberdade, vai diminuindo e tende a desaparecer por volta dos 26 anos. Mas o que fazer quando o problema persiste na vida adulta? A queixa é mais comum entre mulheres e acomete principalmente pessoas com a pele oleosa. O tratamento correto para esta fase da vida é bem diferente daquele realizado na adolescência. O ideal é investigar a causa do problema e como ele pode ser controlado.
Segundo o dermatologista do Hospital Federal de Bonsucesso, vinculado ao Ministério da Saúde, Paulo Cotrim, a acne na fase adulta normalmente está associada a algum distúrbio hormonal. “A acne atinge seu ápice no período da puberdade. Depois disso, os hormônios estabilizam de forma harmônica. Em mulheres, quando há alteração ovariana, como cistos nos ovários, o problema dura além da época”, explica.
É comum as pessoas se queixarem que as acnes aparecem em momentos de estresse ou ansiedade, o que pode realmente influenciar. “Ao constatar que os hormônios estão em níveis corretos, as pessoas acham que essa acne está ligada a fatores emocionais. Na verdade, isso acontece em pessoas que já tem a oleosidade da pele mais alta e, ao passar por momentos de tensão, ela produz uma quantidade excessiva de secreção. Acaba havendo um entupimento do folículo e as lesões acneicas perduram”, esclarece Paulo Cotrim.
O dermatologista explica que em situações de estresse, o organismo exige um trabalho maior da glândula suprarrenal. Essa glândula produz o cortisol, liberado quando se está com uma carga excessiva de tensão. Como é um estimulante, faz com que a acne na pele oleosa se torne mais evidente.
Culpar a alimentação ou comidas como o chocolate não é correto, segundo o especialista. O melhor é ter prudência nas escolhas. “Não se tem nada estabelecido. Não é proibido comer nada, desde que haja equilíbrio em tudo que se coma. Se a pessoa ao ingerir determinado produto notar que a acne piorou, seria prudente evitar consumi-lo, ou comer em doses menores”, salienta.
O tratamento, portanto, depende da ligação da acne ou não com fatores hormonais. “No caso de acne por alterações hormonais, a medicação de eleição é a isotretinoina, prescrita após uma série de exames como hemograma completo, hepatograma, colesterol e o teste de gravidez, no caso de mulheres. Muitos pacientes questionam se existe a possibilidade da acne voltar quando cessarem o uso do medicamento, mas esse é um fator que não dá para prever”, avisa o dermatologista.
No caso de pacientes com a pele oleosa, o dermatologista pode ainda prescrever o uso de produtos tópicos, como sabonetes utilizados para a secagem da oleosidade do rosto. Eles servem ainda como auxiliares no tratamento medicamentoso. “É importante também cuidar da higiene da pele. A mulher pode usar maquiagem para disfarçar o problema, desde que ela não seja oleosa. E o homem com acne, se deixar a barba crescer, não corre o risco de piorar o problema, mas vai dificultar o tratamento”, aconselha Paulo Cotrim.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

2ª Semana de Segurança no Trânsito conscientiza pedestres dos seus direitos e deveres


Foto: Dana Hoff / Beateworks / Corbis
“Eu queria ir numa praça, mas pra chegar até lá eu tinha que atravessar a pista. Eu era criança e como tava doida pra brincar saí correndo na rua, só que vinha um carro com muita velocidade e me jogou do outro lado da pista. Eu bati a cabeça no chão. Só não morri porque não era minha hora. Eu fiquei com as duas pernas engessadas por um tempo e ainda tenho uma diferença de uma perna para outra que fica visível quando eu uso uma calça”, lembra a jornalista, Greice Alves, que foi atropelada durante a infância e convive com as sequelas do acidente ate hoje.
É para acabar com acidentes como o de Greice que aOrganização das Nações Unidas (ONU) instituiu a Semana de Segurança no Trânsito – de 6 a 13 de maio, que este ano está em sua segunda edição. Celebrada em mais de 70 países, a semana quer chamar a atenção da sociedade para as necessidades diárias dos pedestres e também conseguir promover medidas para protegê-los. O ato ainda pretende contribuir para alcançar a meta da Década de Ação para Segurança no Trânsito que é salvar cinco milhões de vidas, até 2020.
No mundo, mais de 270 mil pedestres perdem a vida nas pistas e estradas, todo ano. O que representa 22% do total de mortes no trânsito, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil os dados também são alarmantes, de acordo com um levantamento realizado em 2010 pelo Sistema de Informação de Mortalidade, do Ministério da Saúde, foram registradas cerca de 10 mil mortes por atropelamento.
A diretora do Departamento de Análise de Situação em Saúde do MS, Deborah Malta, fala do significado da ação: “Celebrar esta semana significa estabelecer um processo de comunicação com a sociedade. Alertando para a necessidade de práticas educativas, a necessidade do respeito à faixa de pedestre e atenção ao cruzar as vias. Os condutores também devem estar cientes do risco da velocidade. Essas mortes são evitáveis e precisamos alertar toda a população sobre essas práticas seguras para que possamos reverter essas altas taxas”.
O Brasil é o quinto entre os países recordistas em acidentes de trânsito, segundo a OMS. Por isso, a ideia é de que a ação não dure somente uma semana, e sim, que as pessoas utilizem o que aprenderam durante a campanha para usarem no cotidiano, respeitando a vida no trânsito. “Os pedestres sempre devem ter atitudes seguras ao atravessar as vias, obedecendo à sinalização, atravessando quando o sinal estiver liberado, e sinalizar antes de atravessar nas faixas”, lembra.
Álcool e direção – A combinação de álcool e direção é um dos fatores que têm influência direta no número de acidentes e mortes no trânsito. A diretora comenta que cerca de 20% dos acidentes de transporte no Brasil deve-se à associação de álcool e direção: “Quando os motoristas ingerem álcool eles ficam mais vulneráveis e todos os reflexos são alterados. E isso pode resultar em acidentes graves. E o  próprio pedestre também quando alcoolizado ao atravessar as vias está menos atento, menos alerta e pode se envolver em acidentes”.
Crianças e idosos – De acordo com o MS, as principais vítimas por atropelamento em faixas de pedestre no país são crianças de 7 a 14 anos e pessoas com mais de 65 anos. “Temos que ter todo um cuidado com as crianças quando forem atravessar as ruas. Os pais ou os responsáveis devem ter sempre as crianças seguras. Quanto aos idosos, temos que ajudá-los a atravessar as ruas e alertá-los para que eles possam ter noção de risco e de perigo”, reforça a diretora.
Vida no Trânsito – O Ministério da Saúde tem desenvolvido uma série de ações para prevenir acidentes e mortes e, por isso, criou há dois anos o Projeto Vida no Trânsito. Desenvolvido em parceira com a OMS, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Bloomberg Philanthropies. Trata-se de um planejamento de ações que está nas cinco regiões do país. Em cada município é realizado um trabalho junto à população, para conseguir intervenções articuladas e ações que reduzam o impacto dos acidentes.
Em setembro de 2012, o Governo Federal repassou mais de R$ 12 milhões para todos os estados, e o Distrito Federal, fortalecerem a vigilância e a prevenção nas ruas e estradas do Brasil.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ter um acompanhante durante o parto é direito garantido da gestante


Foto: Agência Fiocruz de Notícias
A dona de casa, Ana Raquel Almeida, mora em Fortaleza e teve bebê há poucos dias. Ela diz que a presença da mãe durante o parto a deixou mais tranquila: “Bom porque qualquer coisa tem um acompanhante, alguém da família olhando, a gente não pode fazer nada, alguém da família está por perto para ver.”
Ter um acompanhante durante o parto é direito garantido da gestante. E o programa Rede Cegonhado Ministério da Saúde apoia a lei e acredita na importância do apoio da família no momento de ter um bebê.
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, lembra que o acompanhante pode ser qualquer pessoa de confiança da gestante. “É um direito por lei federal a gestante ter um acompanhante durante o processo de parto, de sua livre escolha, pode ser a mãe, pode ser uma vizinha, pode ser o companheiro, marido, pode ser outro filho, é fundamental, é um direito que garante cada vez mais que o parto será bem feito e exigir todas as coisas de um bom parto, ser examinada, ser bem cuidada, ser bem tratada, ter analgesia, não sentir dor”, explica.
Quase cinco mil municípios de todo o Brasil já aderiram ao programa Rede Cegonha. Até 2014, o Ministério da Saúde vai investir cerca de nove bilhões e meio de reais na estratégia. Para saber mais acesse o Portal da Saúde.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Boa alimentação e exposição adequada ao sol garantem níveis ideais de vitamina ‘D’ no corpo


Foto: Claudia Rehm/Westend61/Corbis
Uma alimentação saudável, com leite e derivados, além de uma exposição adequada ao Sol garante os níveis ideais de vitamina ‘D’ ao organismo. Essa vitamina tem a função de aumentar a absorção do cálcio, diminuindo o risco de doenças, como raquitismo, osteomalacia e osteoporose, por exemplo.
Além disso, ela diminui o risco de doenças cardíacas, combate a enxaqueca e tensões pré-menstruais. “A vitamina ‘D’ atua como um hormônio, regulando nos níveis de cálcio e fósforo no sangue, ossos e dentes. É importante lembrar que a vitamina D se concentra principalmente na pele e passa por uma ativação através da exposição aos raios UVB ou pelos raios solares, para depois ser hidroxilada no fígado e rins. Por isso, tão importante quanto ingerir alimentos ricos em Vitamina ‘D’ é manter uma exposição solar regular”, explica o nutricionista do Hospital Federal da Lagoa, vinculado ao Ministério da Saúde, Felipe Rizzetto.
Segundo o especialista, os indivíduos com maior propensão a desenvolver as doenças relacionadas à falta de vitamina ‘D’ no organismo são os bebês prematuros, as crianças e os idosos. “A falta de Vitamina ‘D’ é mais perceptível em crianças, pois a carência da vitamina pode causar moleira aberta após o 1º ano do bebê. Em crianças acima de dois anos, pode gerar maior irritabilidade, inquietação, anorexia e suor excessivo, raquitismo e pernas tortas. Isso porque, a Vitamina ‘D’ atua diretamente na regulação do cálcio e nos depósitos de tecido ósseo pelo organismo. Na fase adulta, principalmente nos idosos, a queda dessa vitamina pode causar osteoporose e osteomalacia, porque o corpo não consegue absorver o cálcio da maneira adequada e os ossos se tornam mais frágeis”, alerta.
A dose diária recomendada de vitamina ‘D’ varia de acordo com a idade e local onde o indivíduo vive, em função da carência de luz solar durante o ano. Em média, um adulto precisa consumir cinco microgramas por dia e garantir uma exposição solar regular, sem o uso de protetor solar. “Um adulto saudável precisa se expor ao Sol, em média, entre 15 e 30 minutos, de 3 a 4 vezes por semana. Os idosos, em geral, devem se expor 10 minutos por dia. Uma dieta balanceada e rica em vitamina ‘D’ é essencial. Ela é facilmente encontrada nos alimentos como sardinha, atum, cogumelos, fígado, salmão, gema do ovo, leites e derivados. Esses alimentos ajudam a controlar os níveis e evitar a carência desta vitamina no organismo”, orienta.
Pessoas com intolerância à lactose devem ter cuidados específicos, caso a rotina da pessoa não inclua outros alimentos ricos em vitamina D ou mesmo em cálcio. “O uso do suplemento de vitamina ‘D’ pura é somente indicado para os casos em que o indivíduo não tem uma boa alimentação ou vive em locais muito frios, onde não é possível expor-se ao Sol regularmente. Lembrando que é sempre importante mudar alguns hábitos para evitar o uso de suplementos ou complementos alimentares. A solução mais prática na maioria das vezes não é a mais saudável. Por isso, sempre que possível opte por outros alimentos ricos em vitamina ‘D’”, ressalta o nutricionista.
O excesso de protetor solar também influencia na carência da vitamina ‘D’. O protetor diminui a exposição aos raios UVB, responsáveis pela síntese da vitamina na pele. “Em regiões tropicais, basta uma caminhada durante o dia para se receber a radiação suficiente para a síntese da vitamina. O uso do protetor solar é sempre muito importante e não justifica não utilizá-lo por conta da carência da vitamina ‘D’”, explica.
A orientação é que a exposição seja feita em pequenas doses. “Recomendo, em dias de praia, ou de passeios ao ar livre, esperar alguns minutos antes de passar o protetor solar para que se tenha uma pequena exposição, de preferências antes das 10 horas, caso esteja no verão. No outono, por exemplo, pode ser em qualquer horário pela manhã. Nos dias úteis, podemos aproveitar o caminho para o trabalho. Para os que usam carro e ficam trancados nos escritórios, aproveitar o horário de almoço para se expor ao solzinho que estiver aparecendo”, finaliza.
Sintomas da baixa concentração de vitamina ‘D’ no organismo, segundo o nutricionista:
  • Diminuição do cálcio e do fósforo no sangue;
  • Fraqueza muscular;
  • Moleira aberta após o 1º ano do bebê;
  • Irritabilidade, inquietação, anorexia e suor excessivo podem surgir nas crianças;
  • Osteoporose nos idosos;
  • Raquitismo;
  • Osteomalácea;
  • Pernas tortas.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Ações do Viver Sem Limite melhoram vida de pessoas com deficiência


A partir desta terça-feira (7), as pessoas com deficiência passaram a ter acesso a novos serviços e equipamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou hoje, na Unidade Mista de Saúde de Taguatinga (DF), que serão investidos R$ 205,2 milhões em ações que irão beneficiar 944 mil pessoas por ano. Serão inaugurados 29 Centros Especializados de Reabilitação (CER) com transporte gratuito em 19 municípios de 18 estados, além de 18 oficinas de órteses e próteses, a incorporação de seis novos modelos de cadeiras de rodas e acessórios para aparelhos auditivos.

Essas são as primeiras medidas do programa Viver Sem Limite, Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, lançado em 2012. Os novos serviços e equipamentos estão voltados à inclusão social dos brasileiros com deficiência, garantindo autonomia e independência a esse público e possibilitando melhor qualidade de vida.
Maria Albino da Costa já recebeu uma cadeira de rodas. Ela perdeu o movimento das pernas após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A filha dela, Carla Maria da Costa, conta que a mãe sofreu o acidente há três anos e parou de andar aos poucos. “Ela usou um andador durante dois anos, mas depois disso perdeu totalmente o movimento. Como não tínhamos dinheiro, pegamos uma cadeira de rodas velinha emprestada, com uma vizinha. A cadeira nem rodava direito, quase não saía do lugar. Agora com a cadeira nova eu tô conseguindo colocar minha mãe pra pegar sol todo dia. Tô ensinando ela a andar com a própria cadeira, empurrando pelas rodas, e devagar ela tá conseguindo. A melhor coisa é a pessoa poder andar. Mas, já que não pode andar, pode ter uma coisa boa, de qualidade. Essa cadeira que ela ganhou é ótima, muito boa mesmo”, diz Carla.
Cadeiras de rodas – Com as novas incorporações, o SUS passa a ofertar, dentro de seis meses, a cadeira motorizada, equipada com motor elétrico, que pode ser movida por controle remoto, pelo queixo ou boca. Também ofertará a cadeira monobloco, leve e portátil, que possui mecânica favorável à propulsão e manobras em terrenos acidentados. Serão incorporadas ainda cadeira de rodas para pessoas acima de 90 quilos, para banho em concha infantil, com encosto reclinável, com aro de propulsão –, adaptação postural em cadeira de rodas.
O Ministério da Saúde também vai liberar recursos para qualificar o atendimento a pessoas com deficiência em 47 Centros de Especialidade Odontológica (CEO) do país, aumentando em 50% o valor para que os profissionais sejam capacitados para usar técnicas especializadas para tratamento desse público.
Aparelho auditivo – Outra nova incorporação pelo programa Viver Sem Limite será um dispositivo auditivo para crianças de 5 a 17 anos com deficiência auditiva (de grau leve, moderado, severo ou profundo) matriculadas no ensino fundamental e ensino médio. O dispositivo será acoplado ao aparelho auditivo, eliminando o excesso de ruídos que interfere na interpretação do aluno. Um microfone também será posicionado próximo a boca do professor capta a fala com boa intensidade, reduzindo os efeitos de reverberação e ruídos. O som captado é enviado via FM diretamente para o receptor, qualificando o aprendizado do estudante.
Vinicius Carneiro nasceu com deficiência auditiva severa e será um dos beneficiados pelo Programa Viver Sem Limite. Apesar de ter feito o implante coclear há dois anos, os ruídos emitidos pelos colegas em sala de aula o atrapalham a ouvir a professora. Hoje, Vinícius tem quatro anos e está no Maternal. A partir de 2014, quando ele tiver cinco anos, vai poder usar o aparelho. A mãe dele, Ana Carneiro, conta que esse dispositivo foi indicado pela médica de Vinícius e que será muito boa a disponibilização dele pelo SUS. “O uso do sistema FM faz com que o som chegue bem melhor para ele. Ele faz fonoaudióloga desde que descobriu a perda auditiva, com um ano de idade, e há poucos dias a fonoaudióloga indicou que o Vinicius utilizasse o sistema FM. Mas isso custaria em torno de R$ 5 mil e se o governo disponibilizar, para nós será muito melhor, sem dúvida!”, afirma Ana.
Teste do Pezinho –  Sete estados brasileiros passarão a ofertar, pelo SUS, mais exames do teste do pezinho, que diagnostica doenças no recém-nascido. A ampliação do acesso a exames do Programa Nacional de Triagem Neonatal, que realiza o Teste do Pezinho, abrangerá os estados do Acre, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul. Com isso, cerca de 545 mil crianças devem ser beneficiadas por ano.
Viver Sem Limite – O objetivo do Plano Viver Sem Limite é atender os cerca de 45 milhões de brasileiros, 23,9% da população, que possuem algum tipo de deficiência. Por meio de ações estratégicas em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade, o programa pretende promover a cidadania e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, promovendo sua autonomia, permitindo o acesso e o usufruto, em bases iguais, aos bens e serviços disponíveis a toda a população. Serão investidos no plano um total de R$ 7,6 bilhões até 2014, sendo R$ 1,4 bilhão do montante destinado ao eixo da saúde.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Doação de medula óssea segue crescendo no país, mas ainda gera dúvidas entre doadores


Foto: Divulgação
A doação de medula óssea é uma atitude que salva vidas, mas ainda é cercada de preconceitos. Segundo os dados do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o número de transplantes de medula óssea entre pessoas sem parentesco subiu de 29, em 2003, para 248, em 2012 – números que podem crescer com a quebra de velhos mitos sobre a doação.
O diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca e coordenador do Redome e da Rede BrasilCord, Luis Fernando Bouzas, afirma que é muito comum as pessoas confundirem medula óssea com medula espinhal. “A medula óssea é um tecido de consistência líquido-gelatinosa que se encontra dentro das cavidades ósseas e que contém células progenitoras, que dão origem ao sistema hematopoético (sangue) e imune. A medula espinhal é parte do sistema nervoso e fica dentro da coluna vertebral. Justamente por esta dúvida, muitas pessoas ficam preocupadas em doar medula, pois ouvem falar em pessoas que ficam paraplégicas por acidentes com a coluna vertebral, mas uma coisa não se relaciona com a outra”, afirma.
Existe também a ideia de que o doador pode ter problemas futuros, que o transplante é dolorido e exige um longo afastamento do trabalho. “A doação é segura e não provoca problemas hematológicos ou no sistema imune em longo prazo, pois a porcentagem retirada, cerca de 15% do material existente, é recomposta em apenas 15 dias. A dor é tolerável, o procedimento tradicional em centro cirúrgico utiliza anestesia e o doador necessita de analgésicos simples por, no máximo, três a quatro dias após a coleta da medula. O afastamento do trabalho é variável e dura em média de cinco a sete dias”, explica Bouzas.
O cadastro de doador voluntário de medula óssea pode ser realizado nos Hemocentros, em todos os estados. Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos de idade e que esteja em bom estado geral de saúde, ou seja, não ter doença infecciosa ou incapacitante, pode se cadastrar como doador de medula óssea. Para se cadastrar, é preciso retirar uma pequena quantidade de sangue (5 ml) e preencher uma ficha com informações pessoais. O sangue será tipificado por exame laboratorial de histocompatibilidade (HLA), onde são identificadas as características genéticas que podem influenciar no transplante.
O tipo HLA do doador será incluído no cadastro e os dados são cruzados com os de pacientes que precisam de transplante de medula óssea. Quando o doador é compatível com algum paciente, faz outros exames de sangue para a confirmação. Se a compatibilidade for positiva, ele é consultado para confirmar que deseja realizar a doação e terá seu estado de saúde avaliado. Uma vez inscrito no cadastro, o doador pode ser chamado para a doação até os 60 anos.
Por isso, é importante manter o cadastro sempre atualizado. Dessa forma, a localização do doador, em caso de compatibilidade com algum paciente, será facilitada. Para atualizar as informações do cadastro é preciso entrar em contato com o Hemocentro onde o cadastro foi feito ou preencher o formulário no portal do Inca.
Como é a doação – Segundo Bouzas, existem duas maneiras de doar e a decisão na maioria das vezes é do médico, de acordo com a doença do paciente e outros detalhes. “A forma tradicional é com anestesia geral, em centro cirúrgico, através de punções com agulhas especiais das cristas ilíacas posteriores (ossos da bacia). O procedimento dura de duas a três horas e o doador fica no hospital por 24 horas”, explica.
A segunda forma é através do uso de um medicamento denominado fator de crescimento de granulócitos, administrado ao doador, que estimula as células da medula de forma que elas circulem por dois ou três dias no sangue periférico e possam ser coletadas por máquinas de aférese no Banco de Sangue. É um processo ambulatorial e sem internação em geral. “O procedimento de doação é cercado de todo o cuidado com o doador e tem boa tolerância e segurança. O risco de complicações graves é praticamente nulo e, em geral, está associado à necessidade de anestesia geral”, reforça o diretor.