terça-feira, 30 de abril de 2013

Mobilização incentiva viajantes a doarem sangue antes das férias de julho


Portal de turismo Embarque na Viagem está se mobilizando através de suas redes sociais para incentivar a doação de sangue entre os viajantes brasileiros. A mobilização visa aumentar os estoques de sangue dos hemocentros, antecipando a possibilidade de baixa de doações no período de férias escolares no mês de julho. A medida também tem como objetivo estimular o agendamento de doações para atender a população turística durante a Copa das Confederações, em junho, assim como nos feriadões.

A ação visa ampliar o número de doadores voluntários de sangue no país para a manutenção dos estoques nos hemocentros, e a nossa expectativa é que mais sites e blogs participem das ações nas redes sociais, por meio dos seus perfis no Twitter, Instagram e Facebook. Os viajantes podem acessar e divulgar informações pela hashtag #ViajanteSangueBom.
Para doar sangue é necessário apresentar documento com foto, válido em todo território nacional e preencher um cadastro. Depois, faz um teste para ver se está com anemia para saber se está em condições de doar sangue. Em seguida, mede-se a pressão arterial, o pulso e a temperatura; também tem que ter peso acima de 50 Kg; ter idade entre 18 e 67 anos. Os jovens de 16 e 17 anos, também podem doar, desde que tenham o consentimento formal do responsável legal.
Acontece também uma entrevista chamada triagem clínica cuja finalidade é avaliar os antecedentes patológicos e os possíveis fatores de risco daquele candidato à doação. São perguntas para proteger quem está doando e para conscientizar o doador de que a pessoa que vai receber o sangue precisa ficar bem e não ter problemas depois.
Nunca vá doar sangue em jejum; faça um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior à doação; não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores; evitar fumar por, pelo menos, duas horas antes da doação; evitar alimentos gordurosos nas três horas antecedentes à doação.
Você pode doar sangue nos postos fixos do Hemocentro do seu estado. 
As coletas também podem ser feitas através das equipes móveis. Para ter mais opções, procure a Secretaria de Saúde do seu estado.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Into inaugura centro especializado em trauma de alta complexidade


Ministério da Saúde amplia e qualifica o atendimento em trauma noSistema Único de Saúde (SUS) do Rio de Janeiro com a inauguração do Centro de Trauma Referenciado, serviço especializado em trauma para pacientes adultos e idosos que necessitam de cirurgias ortopédicas de alta complexidade, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).

A unidade vai ampliar a assistência especializada na área de trauma, oferecendo suporte do Into aos centros do estado já existentes para a realização de cirurgias ortopédicas de alta complexidade. Entre as unidades de Saúde assistidas, destaca-se o atendimento referenciado a pacientes dos hospitais municipais Miguel Couto e Souza Aguiar, no Rio de Janeiro e da Posse, em Nova Iguaçu, onde estão concentradas as demandas de toda a região da Baixada Fluminense.

“O Into é um dos mais bem equipados institutos de todo o Brasil e já tem um grande acúmulo na área de pesquisa, inovação e de assistência. Com as novas instalações, será possível realizar projetos como esse, articulado com o Estado e com as prefeituras. Trazer pacientes do interior referenciados e bem indicados vai contribuir para a redução da fila de espera da ortopedia, um dos nossos objetivos”, disse Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. Para o secretário, este centro vai agilizar e qualificar o atendimento na área de trauma e melhorar a vida das pessoas no Rio de Janeiro, que precisam deste tipo de acolhimento.
O diretor geral do Instituto, Marcos Musafir disse que com o centro referenciado, o paciente traz todas as informações de onde teve o primeiro atendimento, através do sistema de regulação. “O profissional de saúde terá as orientações básicas e o protocolo clínico a ser seguido para o encaminhamento dos casos que tenham o perfil de maior complexidade ortopédica”, completa.
Cirurgias - Este ano, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) já realizou 700 cirurgias de trauma. A maioria vítimas de acidentes de trânsito com casos de fratura, politraumatismo e quedas em domicílio sofridas por idosos. Com a ampliação da rede, a previsão é que o Instituto realize, anualmente, aproximadamente duas mil cirurgias.
Atendimento Especializado - O Centro de Trauma Referenciado – que funcionará em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro – atenderá adulto e idoso e, possui equipe multidisciplinar de profissionais que tem a expertise no tratamento de lesões complexas graves da pelve e acetábulo, decorrentes de acidentes de automobilísticos, quedas, entre outros. O Into possui equipamentos específicos para o atendimento e tratamento deste tipo de fratura, além de utilizar técnicas especiais de fixação em osso, em casos de osteoporose.
Segundo o coordenador do Centro de Trauma Referenciado, o ortopedista Leonardo Rocha, é importante haver comunicação entre os órgãos gestores para a melhoria do atendimento à população. “Esta rede de comunicação permite o atendimento precoce do paciente e, quando necessário, haverá o seu direcionamento, de forma rápida e eficiente para que receba o cuidado especializado. Com isso, será possível evitar sequelas características das lesões mais graves”, completa.
O Centro conta hoje com 147 profissionais – entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e técnicos de radiologia – 68 leitos de internação disponíveis no setor.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vacinação contra a gripe é prorrogada até 10 de maio


Ministério da Saúde prorroga a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe até o dia 10 de maio. Devem se vacinar idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério), pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, além das pessoas que têm doenças crônicas do pulmão, coração, fígado, rim, diabetes, imunossupressão e transplantados.

Até as 18 horas desta quarta-feira (24) foram imunizadas 14,9 milhões de  pessoas, ou seja, 47,6% da meta do Ministério da Saúde de imunizar 31,3 milhões de pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, incluindo os doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade. A meta da campanha, que começou dia 15 de abril, é vacinar 80% do público-alvo.
O Ministério da Saúde recomenda aos municípios e estados que não atingiram a cobertura adequada que intensifiquem as ações para que as pessoas sejam imunizadas, inclusive com abertura dos postos de vacinação aos sábados. “Isso é importante para que a população possa ter acesso e chegar ao inverno protegida”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, que alertou, ainda, para que as pessoas não deixem para a última hora.
A região Sul conseguiu a maior adesão da população. Excluindo as doses aplicadas em doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade, foram vacinados quase 3 milhões de pessoas, representando 60,46% de cobertura da região Sul. Em sequência, a região Centro-Oeste conseguiu vacinar 876.967 pessoas, ou 40,01% do público-alvo. A região Sudeste, por sua vez, vacinou 4,9 milhões de pessoas, o que representa 35,3% do total. Na região Norte foram imunizadas mais de 919 mil pessoas, correspondente a 38,53% do total. A região Nordeste já imunizou 37,79% do público-alvo, ou seja, mais de 3,2 milhões de pessoas.
PREVENÇÃO-  O Ministério da Saúde ainda recomenda a adoção de medidas de higiene pessoal para evitar a contaminação por influenza. É importante higienizar as mãos com água e sabão, com frequência, principalmente depois de tossir ou espirrar; após usar o banheiro; antes de comer; antes de tocar os olhos, boca e nariz.
Também é recomendável que as pessoas evitem tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; usar lenço de papel descartável e proteger a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. O secretário do Ministério da Saúde explica ainda que é aconselhável ao doente não sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até sete dias após o início dos sintomas), para diminuir a chance de disseminação e evitar aglomerações e ambientes fechados.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mulher que toma pílula e fuma tem 40 vezes mais chances de ter infarto

O estresse do dia a dia é um problema para a saúde dos homens e também das mulheres, que costumam ter jornadas intensas cuidando do trabalho, da família e também da casa. Essa rotina pode ser um fator de risco para a saúde do coração, como explicaram os cardiologistas Roberto Kalil e Ludhmila Hajjar no programa Bem Estar desta terça-feira (23).
Além do estresse, a mulher que fuma e também toma pílula anticoncepcional corre 40 vezes mais riscos de ter um infarto, como alertou a cardiologista Ludhmila Hajjar. Se ela precisar tomar pílula, é importante procurar orientação médica, largar o cigarro, se alimentar bem e também fazer exercícios físicos.
Isso porque o sedentarismo também aumenta o risco de problemas cardíacos, assim como a genética, hipertensão, colesterol alto, diabetes e o excesso de peso. No caso da mulher, até mesmo a menopausa pode ser um fator de risco porque pode causar um bloqueio no fluxo sanguíneo da artéria do coração, o que pode levar também a um infarto.
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De acordo com o cardiologista Roberto Kalil, a mulher jovem produz estrogênio, hormônio que protege o coração – depois da menopausa, a produção desse hormônio fica comprometida, o coração fica desprotegido. Somado a alguns fatores de risco, a paciente pode então ter uma doença do coração ou um infarto. Porém, o médico lembrou que o problema pode acontecer em qualquer idade, especialmente se a pessoa já tiver predisposição.
A cardiologista Ludhmila Hajjar lembrou também que a reposição hormonal, se combinada a outros fatores, também pode causar trombose e, consequentemente, infarto. Por isso, a reposição deve ser feita sempre com orientação de um médico, que vai avaliar se a paciente tem algum fator de risco e se pode prosseguir com o tratamento.
Em relação aos sintomas, nas mulheres não são tão diferentes do que os homens costumam sentir. O que acontece, na verdade, é que a mulher tem os sinais de infarto muito mais fortes porque os homens são mais frágeis à dor, ou seja, procuram o médico por causa de qualquer problema. Por isso, quando o infarto acontece na mulher, geralmente é mais grave já que ela aguenta mais a dor e só procura ajuda muito tempo depois.
A dica da cardiologista Ludhmila Hajjar é sempre procurar um médico no caso de uma dor no peito que se irradia para o braço, especialmente se esse sintoma aparecer sem nenhum estímulo. Além dessa dor, a mulher pode sentir também cansaço e dor na mandíbula, falta de ar, indigestão, náuseas, dor nas costas, dor no punho e até pressão na barriga, como mostraram os depoimentos das telespectadoras Georgina Chaves Bonfim Moreira e Sonia Erica Freitas.
Como medida de prevenção, o cardiologista Roberto Kalil alerta que é importante ter uma boa alimentação, diminuir o consumo de sal, fazer atividade física e também evitar situações de estresse
*Com informações do Bem Estar

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Oito dicas para ter olhos mais saudáveis


The EyeA visão é um dos mais importantes meios de comunicação com o ambiente, já que cerca de 80% das informações que recebemos chegam pelos olhos. E alguns hábitos corriqueiros, como sair sem óculos de sol e ficar muito tempo em frente ao computador podem ser prejudiciais à visão. As pessoas normalmente negligenciam a visão como se pudessem prescindir desse sentido tão fundamental. “Basta entrar um cisco no olho para a pessoa perder a calma. É nesses momentos em que algo de errado acontece com a visão que algumas pessoas se dão conta de que precisavam cuidar melhor da saúde ocular, agindo de forma preventiva”, afirma o doutor Renato Neves, médico oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos.
O ESPECIALISTA APONTOU OITO DICAS PARA TER OLHOS SAUDÁVEIS. CONFIRA:
1. Mantenha uma alimentação saudável.
“Abandone aqueles maus hábitos alimentares, como excesso de fritura, sal, açúcar e carne vermelha, e adote refeições saudáveis. Durante o dia, é importante consumir frutas variadas, legumes, verduras frescas e castanhas. A ideia é aumentar a ingestão de vitaminas, minerais, proteínas saudáveis, ômega-3 e luteína, já que os alimentos antioxidantes oferecem grandes benefícios à saúde ocular, retardando doenças como catarata e degeneração macular.”
2. Dê um basta no cigarro.
“O fumo compromete a circulação sanguínea da retina, reduz a quantidade de antioxidantes presentes no sangue, e afeta a visão em qualquer fase da vida, principalmente a partir dos 65 anos. Mesmo quem parou de fumar há quinze ou vinte anos apresenta mais chances de sofrer de doenças oculares do que quem nunca fumou. Portanto, quanto mais cedo parar de fumar, menores serão as chances de desenvolver catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).”
3. Não saia de casa sem óculos de sol… nem no inverno.
“A exposição aos altos índices de raio ultravioleta provoca degeneração macular – doença que afeta a parte central da retina, membrana posterior dos olhos onde as imagens são transmitidas para o nervo óptico. Como não existe tratamento eficaz para alterações retinianas, a prevenção com lentes protetoras ainda é o melhor remédio. Vale lembrar a importância dos óculos de boa procedência, que têm proteção UVA e UVB, além de tratamento nas lentes.”
4. Muito cuidado ao passar horas diante do computador.
“Quem trabalha ou estuda muitas horas em frente ao computador deve fazer pausas a cada duas horas para que os olhos descansem durante o período. Durante as pausas, beba muita água e pisque os olhos aceleradamente para evitar a síndrome do olho seco. Também é indicado focar um objeto ou uma paisagem ao longe para trabalhar o músculo ocular.”
5. Jogue fora a maquiagem velha.
“Leia atentamente o prazo de validade das sombras e do rímel, descartando o que já venceu. Até mesmo cremes e loções que apresentam o selo “dermatologicamente testado” devem ser utilizados com parcimônia, evitando o contato direto com a vista para que não provoquem ardor, irritação, vermelhidão e sensação de areia nos olhos”.
6. Aprenda a usar óculos de proteção.
“Assim como cada prática esportiva tem seus equipamentos de proteção, também os olhos merecem ser protegidos durante o esporte, as atividades de lazer e até mesmo durante alguns serviços manuais. Uma bolada forte nos olhos pode, por exemplo, resultar no descolamento da retina e ser responsável pela perda parcial ou total da visão.”
7. Use sempre o cinto de segurança no carro.
“Antes de se tornar obrigatório o uso do cinto de segurança, os acidentes de trânsito eram os maiores causadores de traumas oculares graves. Felizmente, esse tipo de acidente é bem menos frequente, mas ainda tem muita gente achando que não precisa do cinto para andar pequenas distâncias de carro. Ledo engano! Nesse tipo de acidente, é comum ocorrer perfuração ou laceração ocular.”
8. Não deixe de consultar um oftalmologista.
“Há pessoas que simplesmente passam anos e anos sem fazer um checkup da visão, dando como garantido um bem – a visão – que pode se deteriorar com o passar do tempo, principalmente se a pessoa não tomar os devidos cuidados. O adulto que tem presbiopia, miopia, astigmatismo e/ou hipermetropia deve visitar o oftalmologista uma vez ao ano para checar o grau e as formas de tratamento indicadas. Já quem sofre de doenças mais graves, como glaucoma, catarata e DMRI, entre outras, deve seguir recomendações médicas e consultar um especialista a cada seis meses, em geral.”

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Quantidade de iodo do sal será alterada no Brasil


Foto: Radius Images/Corbis
A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, em reunião nesta terça-feira (16/4), a adoção de novos valores para a adição de iodo no sal para consumo humano no Brasil. A faixa de variação do iodo no sal vai variar de 15mg/kg a 45 mg/kg; atualmente a faixa é de 20 a 60 mg/kg.
A medida foi tomada a partir de pesquisas que revelam que a população brasileira tem uma taxa de iodo maior do que a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os novos valores também seguem a orientação do Ministério da Saúde, que tem acompanhado o perfil de consumo de sal no Brasil.
A adição do iodo no sal foi adotada na década de 50 do século passado como estratégia de redução do Bócio, doença provocada pela deficiência do iodo no organismo. No entanto, a quantidade de adição do nutriente tem sido revista ao longo dos anos em virtude das mudanças no padrão de alimentação dos brasileiros, pois o excesso deste nutriente também traz danos à saúde.
De acordo com a gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, as empresas terão 90 dias para se adequar, a partir da publicação da norma no Diário Oficial da União (DOU). “Não deve haver dificuldades neste sentido, já que atualmente 93% das amostras coletadas no mercado já estão dentro da nova faixa definida”, explicou Denise.
Acordo para Redução do Consumo de Sódio - Para contribuir com a diminuição do consumo de sódio, o Ministério da Saúde firmou um acordo com a indústria alimentícia pela redução gradual do teor de sódio em alimentos processados. Desde 2011, governo federal fechou três termos de compromisso para que várias categorias de alimentos sejam produzidas com menos sódio.
“Esse acordo incentiva a indústria a oferecer alimentos menos prejudiciais à saúde e reforça o compromisso do governo federal na promoção de hábitos de vida mais saudáveis dos brasileiros. Com a iniciativa, o Brasil protagoniza a elaboração de um modelo que pode virar referência para diversos países”, completa Patrícia Jaime, coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.
Temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais, macarrões instantâneos, bisnagas e vários outros terão metas para os próximos anos de redução do teor de sódio. Somados os três convênios, a previsão é de que até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio. O acordo determina acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos alimentos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado.
Fonte: Imprensa/Anvisa

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Jovens vulneráveis são a maioria dos usuários de crack

Pesquisas apontam a existência de uma estreita relação entre o uso abusivo de crack e as populações mais vulneráveis, em sua maioria, desempregados, pessoas com baixa escolaridade e poder aquisitivo e em situação de rua, entre eles crianças e adolescentes. No intuito de compreender profundamente a realidade de jovens usuários de crack no município de Niterói, a psicóloga Érica Vieira desenvolveu o Estudo compreensivo sobre adolescentes usuários de crack, seus familiares e atuação dos serviços de atenção. A pesquisa revela que as vulnerabilidades presentes na história de vida desses jovens, muitas delas anteriores ao uso do crack, são grandes potencializadoras do consumo abusivo da droga entre o grupo. Desenvolvido na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), o estudo apontou que todos os jovens que compuseram a amostra são oriundos majoritariamente de um segmento social mais empobrecido, apresentam histórico de evasão escolar, são provenientes de famílias nas quais a mãe é a única responsável, possuem histórico de atendimento no Conselho Tutelar, já viveram em situação de rua ou em acolhimento institucional ou transitaram por diferentes serviços da rede de assistência social.

 O estudo analisou dados dos prontuários de atendimento de 61 adolescentes, entre 12 e 17 anos, com relato de uso de crack, além de entrevistas com os próprios jovens, seus familiares e profissionais de saúde que integram as equipes de atendimento
O estudo analisou dados dos prontuários de atendimento de 61 adolescentes, entre 12 e 17 anos, com relato de uso de crack, além de entrevistas com os próprios jovens, seus familiares e profissionais de saúde que integram as equipes de atendimento


O objetivo da pesquisa, apresentada com vista à obtenção do título de mestrado, foi caracterizar os adolescentes usuários de crack que são acompanhados por uma Equipe de Referência Infanto-Juvenil para Ações de Atenção ao Uso de Álcool e Drogas, no município de Niterói, para mapear a trajetória institucional desses jovens, com o intuito de conhecer e problematizar o atendimento oferecido a eles na região. Para isso, foram analisados dados dos prontuários de atendimento de 61 adolescentes, entre 12 e 17 anos, com relato de uso de crack, além de entrevistas com os próprios jovens, seus familiares e profissionais de saúde que integram as equipes de atendimento. No grupo analisado, identificou-se que muitos jovens já se envolveram com o tráfico de drogas, sofreram ameaças de morte, participaram de roubos ou furtos; no caso das meninas, houve a prática da prostituição. Também se observou grande descompasso entre as expectativas dos familiares e dos adolescentes entrevistados, e as atuais concepções de cuidado em saúde mental voltadas para os usuários de álcool e outras drogas.
Segundo Érica, outro ponto que chamou a atenção nos resultados foi o fato de ser quase igual o percentual de meninas e meninos com participação no tráfico de drogas. “Analisando os dados, verificamos que a maioria dos adolescentes faz uso de, no mínimo, mais uma droga associada ao consumo de crack. Além disso, poucos deles já iniciaram algum tipo de tratamento antes do acompanhamento da Equipe de Referência Infanto-Juvenil para Ações de Atenção ao Uso de Álcool e Drogas”, afirmou.
Consumo da droga, relação familiar e atendimento aos usuários
Do total de adolescentes que compuseram a amostra, 50 eram do sexo masculino e 11 do feminino. Segundo a autora, “o estudo por sexo foi adotado em razão de terem sido observadas diferenças interessantes entre meninos e meninas que utilizam o crack tendo em vista variáveis como envolvimento com o tráfico, prostituição, ameaça de morte e outras”. A maioria do grupo estudado está na faixa etária entre 15 e 17 anos (78,7%), o que representa 86% homens e 45,5% mulheres. Dentre todos, 83,9% encontram-se fora da escola, equivalendo, no grupo masculino, a 86,7% e, no feminino, 72,7%. Quase metade dos adolescentes já viveu em situação de rua ou ainda vive (43,3%), dentre os quais 40,8% meninos e 54,5% meninas.
Foi observado também que o porcentual de envolvimento com o tráfico foi de 66,7%, sendo 69,4% entre os adolescentes do sexo masculino, e 54,5% entre os do sexo feminino. Mais da metade dos prontuários registram passagem dos jovens por alguma instituição de acolhimento (59,6%), dos quais 60,4% entre meninos e 55,6% entre meninas. Ainda de acordo com os resultados, 26,7% dos jovens pesquisados cumpriram medida socioeducativa, (30,6% homens e 9,1% mulheres). Os prontuários registraram ainda 5% de tentativas de suicídio de jovens do sexo masculino (6,1%).  “Também foram verificados casos de violência sexual sofrida pelos adolescentes em algum momento da vida (6,7%), sendo 6,1% com garotos e 9,1% com garotas. Em 20,3% dos casos, foi identificada a presença de comorbidades, como relato de doenças, transtornos psiquiátricos ou sintomas físicos, sendo 22, 9% do grupo masculino e 9,1% do grupo feminino”, descreveu Érica.
De acordo com a autora, outro dado importante foi observado quanto à estrutura familiar dos adolescentes usuários de drogas, que apresentou perfil homogêneo entre meninas e meninas. Em 91,5% dos casos, os pais não vivem juntos. No grupo como um todo, 85,5% não moram com o pai, seja porque ele abandonou a família ou é falecido. Encontrou-se a presença mais constante da mãe; em 61,8% dos casos, os adolescente moram com ela, sendo a porcentagem entre os meninos de 59,1% e entre as meninas de 72,7%.
A pesquisa aponta também que as informações obtidas sobre uso abusivo de álcool ou outras drogas entre familiares são muito relevantes. Segundo Érica, 10,5% dos casos apresentaram relato de uso pelo pai, sendo todos os casos registrados entre os adolescentes do sexo masculino (13%). Em relação ao consumo feito pela mãe, o porcentual foi de 19,3%; entre os meninos 15,2%, e entre meninas 36,4 %. “É importante observar que, por estar mais presente, a mãe exerce forte influência no comportamento dos filhos quando são dependentes de álcool e drogas”, alertou.
Para Érica, os resultados apontados pela pesquisa levam ao questionamento se, de fato, o crack é o responsável pelos muitos agravos que a ele são atribuídos, ou se ele tem funcionado como uma espécie de cortina de fumaça que nos impede de avaliar o que se encontra por trás. “É possível pensar que, talvez, o uso de crack na vida desses sujeitos, cujas famílias se encontram inseridas na estrutura social de modo bastante precário, seja apenas mais um elemento a compor o quadro de desamparo e de marginalização social experimentado ao longo de sua trajetória”, avaliou.
Segundo a pesquisadora, os resultados tornam evidente a importância de ampliar as ações no território ocupado pelos adolescentes, em vez de esperar que eles apareçam nos serviços. Neste sentido, deve haver maior investimento na criação e ampliação das equipes de redutores de danos e de consultório na rua, que trabalham diretamente nesses espaços. Também parece relevante potencializar o trabalho que já vem sendo feito pelos Caps AD e Caps I, os quais, muitas vezes, não contam com equipe suficiente para realizar seu trabalho de forma plena. Ao falar sobre a internação, a autora ressalva que este é um instrumento legítimo do campo da saúde mental previsto na Lei 10.216, que deve ser utilizado em casos e momentos específicos, e não como um instrumento de coerção em massa. Por fim, Érica ressaltou que a observação dos resultados levantados nos prontuários e no relato dos entrevistados reafirma a necessidade de fortalecimento das ações de cunho inter-setorial, uma vez que as situações envolvendo o uso abusivo do crack são atravessadas por questões de diferentes ordens, envolvendo o âmbito da saúde, assistência social, trabalho, educação, entre outros.

Fonte: FIOCRUZ

terça-feira, 16 de abril de 2013

Brasil retoma produção nacional de insulina


O Ministério da Saúde, por meio de parceria do laboratório público Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a empresa brasileira Biomm, promoverá a retomada da produção nacional de insulina, medicamento vital para o controle de diabetes. A previsão de investimento é de R$ 430 milhões nos próximos cinco anos – R$ 80 milhões do Ministério da Saúde e Fiocruz, e o restante via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O anúncio ocorreu na manhã desta terça-feira (16) em Belo Horizonte, em cerimônia com a presidenta da República, Dilma Rousseff, e os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel.
Ministério da Saúde/Fiocruz e BNDES investirão R$ 430 milhões na construção de fábrica em Minas Gerais para a produção do medicamento para diabetes | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
“Vivemos um momento importante de ressurgimento que muito tem a ver com o momento do Brasil, da forma como olhamos o país. Impossível um país como o Brasil ter a indústria fragilizada. Temos uma grande vantagem: quase 200 milhões de habitantes. Temos de transformar esse mercado em plataforma para o mundo. Consumo e investimento andam de mãos dadas”, ressaltou a presidenta Dilma.
A fábrica da Biomm deve começar a produzir a partir de 2015 e a população terá acesso ao medicamento nacional em 2017. A produção nacional de insulina – interrompida em 2001 – representa avanço não apenas na assistência, mas também confere ao Brasil autonomia e reduz a vulnerabilidade do país frente a potenciais crises internacionais de produção. “Hoje, política industrial tem de competir no mercado global com preço, prazo e qualidade. Não é admissível que o Brasil faça substituição de importação. Este é um passo importante: unir área industrial, ciência e tecnologia, e educação para aumentar a produtividade”, acrescentou a presidenta.
Com a retomada da produção da insulina, o Brasil volta a fazer parte do seleto grupo de quatro países que produzem insulina, ao lado de Ucrânia, Dinamarca e Estados Unidos, lembrou o ministro da Saúde. “A retomada só se tornou viável porque o programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde, criou um mercado que sustenta a produção. Aumentou cinco vezes o número de pessoas com acesso a medicamentos de graça. Subiu de 15 mil para 25 mil o número de farmácias que ofertam esses medicamentos”, afirmou Padilha. “Mercado garantido no Brasil, podendo ousar no mercado global”.
ASSISTÊNCIA – Atualmente, há cerca de 10 milhões de diabéticos no país. Desses, 1,1 milhão utilizam a insulina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  Em 2012, o consumo médio de medicamentos antidiabéticos pela rede pública de saúde foi de cerca de 15 milhões de frascos NPH e cerca de 1,7 milhões de frascos de insulina – 1,2 milhões de frascos do tipo NPH e 145 mil frascos da regular. A Biomm produzirá 50% da insulina distribuída no SUS.
“O Brasil está entre o segundo e o quarto mercado do mundo para todo e qualquer produto que se consuma: de grampo de cabelo a avião a jato. Quem tem mercado desses tem obrigação de deter produção de qualidade, com domínio tecnológico. Aqui estamos diante de um exemplo vitorioso”, acrescentou o ministro Fernando Pimentel. O Ministério da Saúde ampliou o acesso dos diabéticos aos medicamentos para diabetes por meio do Saúde Não Tem Preço – ação lançada em 2011 pelo governo federal – que tornou gratuitos os medicamentos para diabetes, além de hipertensão e asma, nas farmácias credenciadas ao programa Farmácia Popular.
Em pouco mais de dois anos, o número de diabéticos atendidos pelo Saúde Não Tem Preço passou de 306 mil (em janeiro de 2011) para 1,5 milhão (em março de 2013). No total, 4,8 milhões de pessoas foram atendidas em dois anos. O programa também contribuiu para reduzir as internações por diabetes. Em 2012, houve 6,6 mil menos pacientes internados do que em 2010 – queda de 148,6 mil para 142 mil.
COMPLEXO DA SAÚDE – A construção de uma fábrica nacional de insulina está inserida na estratégia do governo federal de aumentar a autonomia do país em relação ao mercado externo de medicamentos e equipamentos de Saúde. Na semana passada, o ministro Alexandre Padilha anunciou uma série de medidas para impulsionar a indústria brasileira no setor Saúde. Foram firmadas oito parcerias entre laboratórios públicos e privados para a produção nacional de medicamentos e equipamentos, que vão gerar economia de R$ 354 milhões em cinco anos.
Com os novos acordos, estão em vigor um total de 63 parcerias entre 15 laboratórios públicos e 35 privados para a produção nacional de 61 medicamentos e seisequipamentos. Estima-se que essas parcerias resultem em uma economia anual aproximada de R$ 2,8 bilhões para o Ministério da Saúde. O governo federal também vai disponibilizar R$ 7 bilhões para a concessão de crédito a empresas brasileiras com projetos inovadores no campo da saúde, além da injeção de R$ 1,3 bilhão na infraestrutura de laboratórios públicos.
Na ocasião, também foram assinados acordos de cooperação entre Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e Associação Brasileira de Notas Técnicas (ABNT) para dar celeridade ao processo de concessão de patentes e registro a produtos prioritários para a saúde pública. Com isso, será possível reduzir o déficit do setor, que atualmente está em R$ 10,5 bilhões.

Sintomas de dengue em crianças podem ser confundidos com gripe ou virose


Foto: Blend Images / Corbis
A dengue continua circulando entre nós. Por isso, além de continuar no combate, temos que ficar atentos aos possíveis sintomas da doença. As crianças são motivo de preocupação, porque além de fazerem parte do grupo de risco juntamente com doentes crônicos, idosos e gestantes, nelas os sintomas podem ser facilmente confundidos com os sinais de gripe ou de viroses comuns. O que se torna arriscado, pois a dificuldade de chegar ao diagnóstico correto pode levar à demora do tratamento. Nas últimas epidemias, 25% das vítimas de dengue eram menores de 15 anos.
A infectologista e pediatra do Hospital Federal dos Servidores do Estado, Márcia Galdino, explica que os pais devem ficar atentos a alguns indícios da doença: “A observação deles é muito importante para o diagnóstico. Porque a criança não vai dizer que está com dor de cabeça, não vai dizer que sente dor nas articulações. Por isso, os pais devem estar atentos a sintomas como febre, falta de apetite, se a criança está prostrada, irritada, se chora muito, sente dores na barriga, se está vomitando, não está urinando direito e se tem manchas no corpo. Não precisa ter todos esses sintomas, mas se a criança tem alguns desses os pais devem levá-la ao médico”.
A dengue não passa de pessoa para pessoa e para se infectar com o vírus a criança precisa ser picada pelo mosquito hospedeiro da doença, o Aedes aegypti. Não existe tratamento específico para a dengue, mas tomar bastante liquido é o mais recomendado pelos especialistas. “A hidratação é boa em todos os casos, mesmo que não seja dengue. O indicado é que a criança com dengue seja hidratada de 50 a 100 ml por kilo/dia. Sendo 1/3 de soro de hidratação oral e 2/3 de água, suco, chá e água de coco. Mas os médicos devem explicar muito bem, e por escrito, como essa hidratação deve ser feita”, reforça a pediatra.
Medicamentos como antiinflamatórios ou que contenham ácido acetilsalicílico na composição não podem ser ingeridos nesse período. Outro alerta é para o agravamento da doença, que ocorre de maneira repentina na criança e pode ser ainda mais perigosa nos bebês, pois a evolução do quadro pode ser súbita. Na maioria dos adultos, isso ocorre gradualmente. “Além de examinar bem as crianças, os médicos devem fazer um bom histórico clínico. Saber se ela toma alguma medicação, se não tem nenhuma outra doença e para isso, precisa das informações que a mãe fornece. A evolução da doença depende muito da resposta imunológica do paciente. Mas as crianças com menos de dois anos estão no grupo de risco dos casos de dengue. Crianças cardiopatas ou pneumopatas também merecem uma maior atenção”, alerta a pediatra.
Dengue hemorrágica- Existe uma forma mais grave da doença, a dengue hemorrágica. A ocorrência da forma mais grave acontece, na maioria das vezes, quando a criança já foi infectada anteriormente por um tipo diferente do vírus. Existem quatro tipos de dengue no Brasil e no mundo. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A dengue pode se apresentar, clinicamente, como infecção inaparente, dengue clássica, febre hemorrágica da dengue e síndrome de choque da dengue.
Manual de tratamento – Com o aumento de casos de dengue entre crianças e jovens com até 15 anos, nos últimos anos, o Ministério da Saúde elaborou um manual específico para orientar os profissionais quanto ao tratamento da doença nesse público alvo. O guia alerta os profissionais para que redobrem a atenção quanto aos sintomas da dengue em crianças.
Prevenção – Para evitar a picada do mosquito, o uso de repelente é eficiente, pelo menos, três vezes ao dia, telas na janela e mosquiteiros também ajudam. O mosquito se reproduz em ambientes que contêm água parada e limpa. Seus ovos podem sobreviver até um ano em ambiente seco e esperam a estação seguinte de chuvas para formar novas larvas e multiplicar os mosquitos.

A melhor forma de prevenir é combater o mosquito transmissor retirando possíveis criadores como pneus em áreas abertas, que podem reter água da chuva; colocando areia ao invés de água nos pratinhos de plantas; limpando sempre vasos sanitários pouco usados, vasilhames de água de animais domésticos, caixas de água e piscinas. Não existe vacina para a prevenção da dengue.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Vacinação contra a gripe tem início na segunda-feira, dia 15


Começa nesta segunda-feira, dia 15, em todo o Brasil a campanha nacional de vacinação contra a gripe. Neste ano, o período de vacinação ocorre entre 15 a 26 de abril. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 32 milhões de pessoas, o equivalente a 80% do grupo prioritário: idosos com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, pessoas privadas de liberdade e profissionais de saúde. Também receberão a vacina mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério) e os doentes crônicos, que terão o acesso ampliado a todos os postos de saúde e não apenas aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs).
Na campanha do ano passado, 26 milhões de pessoas foram vacinadas, o que representa 86,3% da população-alvo. O índice superou a meta de 80% prevista. Na etapa atual, o público-alvo representa aproximadamente 39,2 milhões de pessoas. “A novidade da campanha é que, este ano, fazem parte do público prioritário mulheres no período de até 45 dias após o parto e os doentes crônicos. A vacinação é segura e feita com o objetivo de diminuir o risco de ter doença grave e evitar o óbito. Ao mesmo tempo, as pessoas que apresentarem os sintomas da gripe devem procurar o posto de saúde porque tem tratamento”, alerta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Segurança – O objetivo da vacinação é contribuir para a redução das complicações, internações e óbitos provocados por infecções da gripe. Para tanto, serão distribuídas cerca de 43 milhões de doses da vacina, que protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). “A vacina da influenza tem a imunidade curta, de nove a doze meses. Depois de vacinadas, as pessoas estarão protegidas a partir de 15 dias. Quem foi vacinado no ano passado, precisa tomar a dose novamente”, orienta o ministro da Saúde. Feita com o vírus inativado, a vacina é segura e a única contra indicação é para as pessoas que têm alergia severa a ovo.
A ação do Ministério da Saúde irá contar com 65 mil postos de vacinação e envolvimento de 240 mil pessoas, com a utilização de 27 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais, e conta com a parceria das três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) – Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde. Para apoiar as ações de mobilização da população e de preparação das equipes de saúde da família, o Ministério da Saúde está enviando aos estados e municípios R$ 24,7 milhões, recursos que serão repassados do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais.
A vacinação é feita com objetivo de diminuir o risco de ter a doença grave. As pessoas que apresentarem os sintomas da gripe devem procurar o posto de saúde, pois há tratamento. As ações do Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, visam tanto a prevenção quanto o tratamento e o diagnóstico precoce. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
TABELA 1
Pacientes cujas doenças crônicas tem indicação para a vacina
CategoriaIndicações
Doença respiratória crônicaAsma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave);
DPOC;
Bronquioectasia;
Fibrose Cística;
Doenças Intersticiais do pulmão;
Displasia broncopulmonar;
Hipertensão arterial Pulmonar;
Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
Doença cardíaca crônicaDoença cardíaca congênita;
Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade;
Doença cardíaca isquêmica;
Insuficiência cardíaca.
Doença renal crônicaDoença renal nos estágios 3,4 e 5;
Síndrome nefrótica;
Paciente em diálise.
Doença hepática crônicaAtresia biliar;
Hepatites crônicas;
Cirrose.
Doença neurológica crônicaCondições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica;
Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares;
Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
Deficiência neurológica grave.
DiabetesDiabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.
ImunossupressãoImunodeficiência congênita ou adquirida
Imunossupressão por doenças ou medicamentos
ObesosObesidade grau III.
TransplantadosÓrgãos sólidos;
Medula óssea.
TABELA 2
Quantitativo de doses e população- alvo por Unidade da Federação (UF)
UFDOSESPOPULAÇÃO ALVO
RO291.020265.770
AC157.200143.557
AM770.520703.669
RR136.330124.497
PA1.342.1001.225.658
AP118.270108.002
TO277.660253.566
NORTE3.093.1002.824.719
MA1.273.8601.163.335
PI631.800576.986
CE1.716.9401.567.976
RN641.060585.435
PB836.410763.841
PE1.823.3701.665.175
AL596.430544.681
SE387.240353.641
BA2.848.5102.601.374
NORDESTE10.755.6209.822.444
MG4.324.6703.949.466
ES748.640683.685
RJ3.785.2103.456.804
SP9.753.6408.907.426
SUDESTE18.612.16016.997.381
PR2.736.0602.498.682
SC1.649.5901.506.468
RS3.185.0202.908.685
SUL7.570.6706.913.835
MS589.770538.596
MT613.160559.963
GO1.205.9001.101.276
DF497.090453.955
C.OESTE2.905.9202.653.788
BRASIL42.937.47039.212.168