quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Identificar sintomas iniciais do AVC é decisivo para o tratamento


Foto: Erasmo Salomão – ASCOM/MS
Um diagnóstico rápido e preciso é determinante para a cura e tratamento de diversas doenças. O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, é um dos problemas cujas consequências podem ser amenizadas se tratado em tempo hábil. Saber identificar os sintomas iniciais e acionar prontamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo telefone 192 pode salvar a vida ou evitar sequelas graves ao paciente.
O AVC é uma alteração vascular no cérebro que causa um defeito neurológico na área afetada ou em todo o órgão. Segundo o coordenador do serviço de neurologia do Hospital Conceição, do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), vinculado ao Ministério da Saúde, Rodrigo Targa, o AVC pode ter diversas causas. “Os dois grandes grupos de AVC são os isquêmicos e os hemorrágicos. Pode-se ter obstruções de artérias, que são as isquemias cerebrais, ou a ruptura de uma artéria, as hemorragias. Existem as causas congênitas, quando por exemplo, alguém que nasce com uma malformação vascular, mas isso é mais raro”, explica.
Segundo o especialista, doenças como hipertensão, diabetes, tabagismo, ou alterações no colesterol e na taxa de lipídios que aceleram o envelhecimento vascular, causam uma doença chamada aterosclerose, que é o deposito de gorduras nas artérias e aumenta as chances da pessoa ter obstruções ou ruptura de vasos sanguíneos e, portanto, as chances de se ter um AVC.
É importante estar atento aos primeiros sinais do problema. Os sintomas apontam qual área do cérebro foi afetada. Quando são do hemisfério esquerdo do cérebro, se tem alterações de força, sensibilidade e perda de visão do lado direito do corpo, e ainda problemas na linguagem e na fala. Isquemias ou hemorragias no lado direito do cérebro são percebidas no lado esquerdo do corpo, também com alterações na visão, na sensibilidade e na força, mas sem alterações na linguagem. AVC na parte de trás do cérebro provoca alterações do equilíbrio e da capacidade de se manter em pé, da movimentação do rosto e do movimento ocular.
“Além disso, existem sintomas não tão específicos, como dor de cabeça forte e súbita, principalmente se acompanhada de alguns sintomas anteriores. Qualquer defeito do sistema nervoso de início agudo deve-se suspeitar de um AVC”, recomenda Rodrigo. “O tempo é determinante, quanto antes se confirmar ou não essa impressão, melhor para o paciente. O ideal, portanto, é que se chame um serviço de emergência como o SAMU, onde serão tomadas as medidas iniciais como verificação da pressão, da glicose, avaliar a respiração e outras para manter a vida, além do encaminhamento para um centro hospitalar com disponibilidade para o tratamento”, completa.
Investindo no atendimento rápido – As sequelas do AVC podem ser a perda da função neurológica afetada pelo evento, como a paralisação de membros, perda da visão, incapacidade de comunicação e autonomia, além do risco de morte. Para diminuir ao máximo essas graves consequências e melhorar o tempo de atendimento e diagnóstico dessa e de outras doenças, a Rede Saúde Toda Hora reorganiza a atenção às urgências e emergências no SUS. A estratégia de atendimento está diretamente relacionada ao trabalho do SAMU, que prepara o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação. Segundo Rodrigo, acelerar o atendimento médico especializado em AVC aumentam as chances de recuperação do paciente. “Com um atendimento rápido e tratamento certo, o número de pessoas alcançadas por essa recuperação significativa sem grandes sequelas é bem maior que senão houvesse esse tratamento.”

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Empenho da população faz a diferença na redução de casos de dengue


Foto: Agência Brasil
De acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), anunciado peloMinistério da Saúde na segunda-feira (25), o número de casos de dengue no Brasil no começo de 2013 quase triplicou em relação ao mesmo período de 2012. Apesar de os casos graves terem diminuído 44% e o número de mortes reduzido em 20%, a elevação na quantidade de casos de dengue se deve a circulação de um novo tipo da doença, o DEN 4. Um dos quatro tipos de dengue existentes no país e, segundo o levantamento, responsável por mais de 52% das amostras verificadas nos casos confirmados da doença.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o DEN 4 foi identificado no Brasil no final de 2010 e é muito parecido com os outros tipos. “Toda vez que a gente tem um novo sorotipo chegando a estados onde ele nunca circulou, ele encontra todo mundo suscetível. Os outros sorotipos a gente tinha praticamente em todos os estados do Brasil tendo epidemia, como aconteceu em 2010 com a recirculação do DEN 1 que chegou a um milhão de casos. Agora o DEN 4 encontra todo mundo suscetível, porque ninguém teve e isso faz com que a gente tenha esse aumento no número de casos. Ele começou a percorrer em 2011, 2012 e agora começou a atingir municípios grandes. De lá para cá começou a se disseminar e a gente considera que ele está praticamente em todos os estados do Brasil. Mas ele vai se disseminando de uma maneira menos rápida que os outros”, explica o secretário.
A maior parte dos focos de dengue é encontrada em residências. Por isso, a cooperação da população é fundamental no combate à dengue. O mosquito só se reproduz em locais que têm água parada. Logo, toda casa corre o risco de se transformar em foco para o Aedes aegypti. O Ministério da Saúde pede que todos façam parte dessa luta. Veja se na sua casa existe foco da dengue e ajude a passar as informações de prevenção adiante. É muito fácil e, além de proteger a sua saúde, você protege a sua família.
Como combater a dengue:
  • Remova tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas;
  • Lave com escova e sabão os utensílios usados para guardar água;
  • Vire todas as garrafas com a boca para baixo;
  • Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira fechada fora do alcance de animais;
  • Mantenha bem tampado a caixa, tonéis e barris d’água;
  • Encha de areia, até a borda, os pratos de plantas.
Para mais informações ou para denunciar um foco de dengue próximo a sua casa, procure a Secretária de Saúde.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Dengue: número de mortes reduz, mas população deve manter vigilância


A dengue aparece e se dissemina, especialmente, nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito transmissor. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas são infectadas anualmente em mais de 100 países da maioria dos continentes. A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna na maioria dos casos. Desde a década de 70, o mosquito transmissor mostrou alta capacidade de adaptação ao ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos da população.
Existem dois tipos de dengue, a clássica e a hemorrágica. A primeira geralmente apresenta sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente causa óbito. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois, além dos sintomas comuns, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e morte. A OMS estima que três bilhões de pessoas vivem em áreas de risco para contrair dengue no mundo. Estima-se que anualmente 50 milhões de pessoas se infectam e 500 mil casos são de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), além de 21 mil óbitos, principalmente em crianças.
Giovanini Coelho, coordenador geral do Programa Nacional de Controle da Dengue, lembra que no período de janeiro a maio existe uma maior transmissão da doença no Brasil, devido às condições favoráveis para proliferação e transmissão do mosquito. “Nesse período é necessário que as ações sejam intensificadas. Tanto por parte das autoridades locais, ou seja, o município deve intensificar ações de limpeza urbana, os agentes de saúde devem visitar e orientar a população. Como também contamos com a efetiva participação da população adotando hábitos que visem à prevenção e a proteção do seu ambiente doméstico contra a proliferação do mosquito”, destaca o coordenador.
O grande desafio para combater o mosquito Aedes aegypti é que sua reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água, tanto em áreas de sombra, como ensolaradas. Por isso, a prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de todos, com a adoção de medidas simples, como evitar o acúmulo de água limpa nas casas, visando à interrupção do ciclo de transmissão e contaminação. Por isso, o coordenador alerta: “Cada cidadão deve fazer ações simples como, verificar se a sua caixa d’água está tampada, se a calha está desobstruída, colocar areia no pratinho do vaso de plantas. Medidas para identificar todo e qualquer recipiente que possa acumular água e que tenha potencial de se transformar em um criadouro do Aedes aegypti”.
Giovanini Coelho explica que o Ministério da Saúde não executa ações de combate a dengue, que são de responsabilidade dos estados e municípios, e reforça a real missão da pasta. “O papel do ministério é de financiamento das ações, tanto que no fim do ano passado foram repassados mais de 170 milhões para todos os municípios para aprimorar e qualificar melhor as ações de combate a dengue. O ministério também presta assessoria técnica aos estados e municípios. Além de garantir o suprimento de insumos como inseticidas e kits diagnóstico”, finaliza.
Dados – De acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta segunda-feira (25), pelo MS, os casos graves de dengue caíram 44% e o número de mortes teve retração de 20%, até 16 de fevereiro de 2013, em relação ao mesmo período de 2012. Apesar de os números serem positivos, o coordenador explica que o combate não pode parar. “Mesmo com a redução nos casos graves e nos óbitos, hoje, comparado com o ano passado, nós temos um aumento de casos de pessoas com dengue. É fundamental que se tenha um processo de intensificação das medidas de prevenção. Até porque, esse aumento não se dá de forma homogenia, em todas as unidades federadas e nem em todos os municípios. Eles estão concentrados, mais de 80% dos casos, em cerca de oito estados. Esses municípios devem intensificar suas medidas de resposta e os outros devem manter as medidas”, comenta Giovanini.
Histórico do Ministério no Combate – Em 1996, o Ministério da Saúde propôs o Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa). Ao longo do processo de implantação desse programa, observou-se a inviabilidade técnica de erradicação do mosquito no curto e médio prazo. O PEAa teve méritos ao propor a necessidade de atuação multissetorial e prever um modelo descentralizado de combate à doença, com a participação das três esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal. Os resultados levaram o Ministério da Saúde a fazer uma nova avaliação dos avanços e das limitações. O objetivo era estabelecer um novo programa que incorporasse elementos como a mobilização social e a participação comunitária.
Tais ações são indispensáveis para responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado. O Ministério da Saúde implantou ações permanentes de combate à doença, como o desenvolvimento de campanhas de informação e mobilização social, o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica para detectar antecipadamente surtos da doença e o desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Semana Saúde na Escola de 2013 já recebe adesões de municípios


Os municípios interessados em aderir a Semana Saúde na Escola – promovida pelo Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde– têm até o dia 10 de março para se cadastrar no endereço dab.saude.gov.br/sistemas/sgdab. É importante lembrar que, no ato da inscrição, o gestor precisa estar com a senha do fundo municipal de saúde. Este ano a ação acontece entre os dias 11 e 15 de março e tem como temas principais a prevenção da obesidade e saúde ocular.
Este ano, a novidade é que creches e pré-escolas também vão participar da mobilização. Em 2012, a estratégia alcançava apenas estudantes com idade entre 5 e 19 anos. No total, a iniciativa dos Ministérios daSaúde e da Educação conseguiu atingir mais de nove milhões de alunos, em aproximadamente 22 mil escolas públicas brasileiras.
A exemplo do ano passado, a atenção à obesidade ainda é prioridade durante a ação. Isso porque 7% das crianças com até cinco anos estão com excesso de peso. Esta taxa aumenta para 30% quando a comparação é feita entre crianças de cinco a nove anos. Já nos adolescentes, com idade entre 10 e 19 anos, o percentual chega a 20%.
Thaís Severino da Silva, coordenadora do Programa Saúde na Escola, explica a importância da ação para a saúde das crianças e adolescentes. “Este ano, o tema vai ser obesidade e qualidade visual, dentro do projeto Olhar Brasil. Em relação a capacidade visual, foi identificado que, hoje, 30% das crianças em idade escolar apresentam problema de refração. Esse problema de refração tem trazido muitas influências para a questão da evasão escolar, repetência escolar e limitações. Isso cria dificuldades para futura inclusão no mercado de trabalho dessas crianças que estão na escola”, destaca.
Também foram programadas atividades educativas para tratar temas como o uso de álcool, crack, tabaco e outras drogas com os educandos dos dois últimos anos do ensino fundamental e para todo o ensino médio.
Além disso, estão previstas ações referentes à educação para a saúde sexual, direitos reprodutivos e prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS), promoção da cultura de paz, promoção das práticas corporais e atividade física e lazer nas escolas.
Ações para o Município - Desde segunda-feira (18), a equipe do Programa Saúde na Escola (PSE) tem realizado videoconferências para esclarecer dúvidas e prestar informações gerais aos Grupos de Trabalho Intersetorias Estaduais do PSE. Os encontros virtuais já contemplaram 15 estados, e a expectativa é de que até a próxima segunda-feira (25) todos já estejam participando.
Veja o cronograma das videoconferências e as acompanhe em tempo real pelo endereçowww.saude.gov.br/emtemporeal:
  • Dia 18/02 – manhã: (MA; PA; PB) – tarde: (PE; RN; AL)
  • Dia 19/02 – manhã: (BA; CE; PI) – tarde: (SE; TO; RR)
  • Dia 20/02 – tarde: (AC; AM; AP)
  • Dia 21/02- manhã: (ES; MG; RJ) – tarde: (SP; RS; SC)
  • Dia 22/02 – tarde: (MS; MT; PR)
  • Dia 25/02 – tarde: (RO; DF; GO)
Não deixe de conferir os materiais que serão trabalhados ao longo da Semana Saúde na Escola no endereçohttp://dab.saude.gov.br/portaldab/pse.php. Também estão disponíveis para download uma apresentação sobre o processo de adesão, veiculada pelas videoconferências e as fichas do e-SUS AB que poderão ser utilizadas pelas equipes do PSE, tanto o Mapa de Atividade Coletiva, quanto a Ficha de Atendimento Individual.
Ação Brasil Carinhoso - Com a sua integração à Ação Brasil Carinhoso, em novembro passado o PSE mobilizou 122 municípios a realizarem ações de prevenção e promoção da saúde nas pré-escolas. Destes, 31 receberão incentivo financeiro. No ano de 2013, além das escolas de nível fundamental e médio, o PSE também contemplará educandos de creches e pré-escolas.
Os repasses financeiros da Semana Saúde na Escola 2012, tanto para os municípios que atingiram as metas pactuadas quanto para os participantes da semana saúde na escola e mobilização Brasil Carinhoso, constarão em portaria prevista para o mês de março de 2013.
Mais informações - Entre em contato pelo e-mail pse@saude.gov.br ou pelos telefones (061) 3315-9091/ 3315-9068 (Ministério da Saúde) e (061) 2022-9298/ 2022-9209 ou pse@mec.gov.br (Ministério da Educação).

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ministério institui Rede de Atenção a Pessoas com DCNT


Para estimular hábitos de vida mais saudáveis e dar assistência qualificada às pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), o Ministério da Saúde instituiu a Rede de Atenção à Saúde para esses usuários no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A rede vai fortalecer o cuidado integral aos brasileiros e humanizar o atendimento, ampliando as estratégias de promoção da saúde e de prevenção com reforço às ações de diagnóstico, tratamento, reabilitação e redução de danos.
“A portaria representa um avanço no combate ao desenvolvimento de doenças crônicas, assegurando ao brasileiro atendimento qualificado e articulado entre todas as unidades de atenção à saúde”, destaca a coordenadora-geral de Áreas Técnicas do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Patricia Chueiri.
A rede vai funcionar com linhas de cuidados específicas voltadas à prevenção e tratamento das DCNT, principalmente o Diabetes, a Hipertensão Arterial, alguns tipos de cânceres, além de combater o excesso de peso e a obesidade, incluindo o tratamento cirúrgico para a obesidade grave. Os critérios para a implantação dessas linhas de cuidados serão definidos pelo Ministério da Saúde, em normativas específicas.
A porta de entrada prioritária da Rede será a Unidade Básica de Saúde (UBS), que vai acolher o usuário com uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Em caso de um usuário com diabetes e sobrepeso que apresente sua glicemia controlada, por exemplo, ele poderá pegar os medicamentos na UBS e ser encaminhado a um pólo de Academia de Saúde para realizar atividades físicas. Se esse mesmo usuário apresentar complicações do diabetes, como nefropatia (lesão ou doença no rim), ele deverá ser encaminhado a um serviço especializado. A equipe de atenção básica fará o acompanhamento contínuo do usuário.
O Ministério da Saúde também vai promover parcerias para que um município possa prestar serviços aos usuários de outra cidade, completando a rede de atenção à saúde de pessoas com doenças crônicas.
A obesidade é um forte fator de risco para saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer com doenças cardiovasculares, principalmente isquêmicas (infarto, trombose, embolia e arteriosclerose), além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer, esteatose hepática (gordura no fígado) e distúrbios psicológicos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas constituem um dos grandes desafios de saúde pública. No Brasil, 72% das causas de mortes e 60% de todo o ônus decorrem dessas doenças. No ano 2020, as DCNT serão responsáveis por 80% da carga de doença nos países em desenvolvimento. Atualmente, apenas 20% da população nesses países realizam o tratamento prescrito.
Vigilância – A última pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2011 pelo Ministério da Saúde, mostra que o excesso de peso e a obesidade têm crescido no País. De acordo com o estudo, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
Para frear a obesidade e o sedentarismo, que são fatores de risco importantes para doenças crônicas, e promover hábitos de vida mais saudáveis, o Ministério da Saúde prevê uma série de iniciativas no Plano de Ação para Enfrentamento das DCNT através de parcerias com o setor privado e outras pastas do governo. Lançado em agosto de 2011, o plano tem por meta reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura causada por DCNT até 2022.
O Programa Academia da Saúde é a principal estratégia para induzir o aumento da prática da atividade física na população. A iniciativa prevê a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a orientação de práticas corporais, atividades físicas e lazer. Atualmente, há mais de 2,6 mil polos habilitados para a construção em todo o país e outros 155 projetos pré-existentes que foram adaptados e custeados pelo Ministério da saúde.
Para melhorar a dieta dos brasileiros e qualidade de vida, o Ministério da Saúde firmou um acordo com a indústria alimentícia que prevê a redução gradual do teor de sódio em 16 categorias de alimentos. A previsão é de que, até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas com o teor deste alimento. Se o consumo de sódio for reduzido para a recomendação diária da OMS (menos de cinco gramas por pessoa diariamente), os óbitos por AVC podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

PL fortalece diretriz de atendimento às vítimas de violência


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, discutiram proposta para acelerar a votação do projeto de lei. | Foto: Jamie Grill/Tetra Images/Corbis
Projeto de Lei (PL – 60/99) que trata do atendimento hospitalar às mulheres vítimas de violência sexual deverá ser votado pela Câmara dos Deputados na semana em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher (8 de março). A garantia foi dada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante reunião com a bancada feminina da Câmara, realizada nesta quarta-feira (20).
A votação do projeto transformará em lei as diretrizes já definidas pelo Ministério da Saúde, desde 2004, na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. A estratégia tem como princípio a humanização do atendimento, a não fragmentação das ações em saúde, a expansão das redes de atendimento das mulheres em situação de violência e a melhoria do acesso e da qualidade do atendimento. O projeto original era de 1999, mas jamais chegou a ser regulamentado.
O PL estabelece que o atendimento deve ser imediato e multidisciplinar para o controle e tratamento do ponto de vista físico e emocional da vítima, conforme já preconizado pelo Ministério da Saúde dentro das políticas de atendimento às mulheres. De autoria da deputada federal Iara Bernardi, já foi aprovado pelas comissões deSeguridade Social e Família (CSSF)e de Constituição e Justiça e de Cidadania(CCJC).O próximo passo será a votação no plenário da Câmara.
No Sistema Único de Saúde (SUS) não é necessária a apresentação de Boletim de Ocorrência Policial (BO) para atendimento, inclusive nos casos de violência doméstica e/ou sexual. Os hospitais e centros de saúde devem orientar a mulher sobre a necessidade de buscar a defesa de seus direitos e a responsabilização de agressores, segundo a Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006), que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher.
O SUS oferta, atualmente, 584 serviços para atendimento a vítimas de violência sexual e doméstica, como exames clínicos e laboratoriais, vacinação, planejamento familiar, acompanhamento psicológico, entre outros.
A mulher vítima de violência deve procurar a unidade mais próxima da sua casa, onde será atendida por uma equipe especializada, formada por médico, psicólogo e técnicos de enfermagem.
O Ministério da Saúde também vem intensificando a qualificação dos profissionais de saúde que atuam nos serviços de atendimento aos agravos decorrentes de violência sexual.

Número de mamografias cresce, mas esbarra na renda per capita



O câncer de mama, o segundo mais frequente no mundo, é o de maior incidência entre as mulheres e responde por 22% dos novos casos anuais. Se diagnosticado e tratado a tempo, o prognóstico é relativamente bom. No Dia Nacional da Mamografia (5/2), números do Ministério da Saúde revelam que, no primeiro semestre de 2012, mais de 1 milhão de mulheres entre 50 e 69 anos fizeram o exame por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso representou um aumento de 41% em comparação ao mesmo período de 2010. Apesar dos avanços, pesquisas realizadas na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) apontam a renda familiar per capita e a idade das mulheres como obstáculos para a realização da mamografia.

 Apenas 62% das mulheres cuja renda era de cerca de R$ 100 realizaram o exame. Já entre as mulheres com renda entre R$ 400 e R$ 800, essa proporção foi de 79,5%. Entre aquelas de maior renda, foi de 94%
Apenas 62% das mulheres cuja renda era de cerca de R$ 100 realizaram o exame. Já entre as mulheres com renda entre R$ 400 e R$ 800, essa proporção foi de 79,5%. Entre aquelas de maior renda, foi de 94%

Apesar de não ser possível prevenir o câncer de mama – a adoção de um estilo de vida saudável é a única forma de evitar essa e qualquer doença –, ele pode ser detectado por meio da mamografia. No Brasil, as taxas de mortalidade continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Autora principal do artigoDesigualdade socioeconômica afeta a chance de realizar mamografia no Brasil, a pesquisadora da Ensp Dora Chor afirmou que a renda familiar per capita é um dos importantes indicadores de iniquidade na realização de mamografia. Publicado no site da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, o texto apresenta dados baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2008), com a participação de cerca de 11 milhões de mulheres de 40 anos ou mais.
O artigo pretendeu verificar se os indicadores socioeconômicos conseguiriam explicar as diferentes prevalências de mamografia em cada uma das regiões metropolitanas estudadas no país. Os resultados demonstram que, no conjunto das regiões metropolitanas, há nítido gradiente de aumento da prevalência de mamografia, de acordo com o aumento da renda. “Apenas 62% das mulheres cuja renda era de cerca de R$ 100 realizaram o exame. Já entre as mulheres com renda entre R$ 400 e R$ 800, essa proporção foi de 79,5%. Entre aquelas de maior renda, foi de 94%”.
As autoras também indicam que, em todas as regiões metropolitanas estudadas, a relação direta entre renda e prevalência de mamografia se repete. No entanto, quando comparadas, aparecem enormes diferenças. Em São Paulo, por exemplo, 76% e 96% das mulheres na menor e na maior faixa de renda, respectivamente, realizaram o exame. Já em Fortaleza, essa discrepância foi de 39% e 91%, entre mulheres dessas mesmas faixas, respectivamente. Portanto, ter menor renda per capita dificulta muito mais a realização de mamografia em Fortaleza, Belém e Recife do que em São Paulo, Curitiba e Salvador.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é preciso reverter esse quadro. "Queremos chamar a atenção para a profunda desigualdade que ainda existe no acesso da qualidade ao diagnóstico e tratamento de câncer no nosso país. O Ministério da Saúde tem coordenado um conjunto de estratégias, fundamentais à cooperação com as secretarias, para que essas estratégias sejam cada vez mais reforçadas", afirmou o ministro na ocasião do lançamento da pesquisa, em outubro de 2012.
Idosas acreditam que não precisam de mamografia
Desenvolvida pela psicóloga Cristiane Novaes, a tese Acesso aos serviços de saúde por homens e mulheres idosos e fatores associados à utilização da mamografia em Juiz de Fora, defendida no Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp, entrevistou 4.621 mulheres, com idade entre 60 e 106 anos. Apesar de o município apresentar um quadro com prevalência de 72% de idosas que fazem o exame, quase 30% nunca fizeram mamografia.
“O fato de serem usuárias do serviço público de saúde, baixa escolaridade, baixa renda, não serem casadas, serem mais idosas e uma série de outras coisas levam as mulheres a não fazer os exames. Com relação a esse último aspecto, é justamente acima dos 70 anos que o risco de não fazer o exame é maior, além de ser a idade em que se morre mais. Falamos de um município que possui uma elevada parcela da população envelhecida e tem tradição em campanhas de saúde. Mesmo assim, mais da metade das pessoas que declararam não fazer o exame disseram que não o fazem simplesmente por não acham necessário. A segunda razão mais declarada por elas é que o médico não pediu a realização da mamografia”, esclarece a autora do estudo.

Fonte: Informe Ensp

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Saúde Não Tem Preço beneficia 14 milhões de pessoas no país


O programa Saúde Não Tem Preço, que tornou gratuita a distribuição de 14 medicamentos para diabetes, hipertensão e asma no país, completa hoje dois anos e já beneficiou 14 milhões de pessoas. A gratuidade impulsionou também a retirada de outros itens ofertados com até 90% de desconto pelo Ministério da Saúde no Farmácia Popular – programa pelo qual são oferecidos, ao todo, 113 itens nas farmácias próprias e 25 nas drogarias conveniadas. A média mensal de pessoas atendidas mais que quadruplicou no Farmácia Popular.
Inicialmente, em fevereiro de 2011, o Ministério tornou gratuitos 11 medicamentos para diabetes e hipertensão. Mais recentemente, em junho do ano passado, três medicamentos para asma foram incluídos na gratuidade.
“O programa Farmácia Popular ampliou substancialmente o acesso da população aos medicamentos que tratam as doenças mais prevalentes no Brasil”, ressalta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Com a gratuidade do Saúde Não Tem Preço, popularizamos ainda mais essa estratégia”. Segundo o ministro, um dos principais impactos da medida é a estabilização de internações por diabetes no país.
  • Saiba quantas pessoas o programa Saúde Não Tem Preço beneficiou no seu estado:
Gratuitos – Das 17,5 milhões de pessoas atendidas pelo programa Farmácia Popular em dois anos, 13,6 milhões retiraram medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes pelo Saúde Não Tem Preço. Cresceu 457% o número de diabéticos e hipertensos beneficiados pelo programa nesse período – passou de 853 mil em janeiro de 2011 para 4,7 milhões em janeiro de 2013.
No caso dos medicamentos para asma, 437 mil pessoas foram beneficiadas em oito meses de gratuidade. O número de pessoas atendidas com esses medicamentos cresceu 93%, passando de 48,5 mil em maio de 2012 (mês que antecedeu o do lançamento da gratuidade especificamente para medicamentos de asma) para 93,6 mil em janeiro deste ano.
Farmácia Popular – O total de beneficiados com medicamentos para hipertensão, diabetes, asma, colesterol, glaucoma, rinite, osteoporose, doença de Parkinson, dislipidemia, anticoncepção e fraldas geriátricas pelo programa Farmácia Popular, que engloba o Saúde Não Tem Preço, cresceu de 1,2 milhão em janeiro de 2011 para 5,5 milhões em janeiro de 2013. A média mensal de beneficiados aumentou mais de quatro vezes de 2010 (ano que antecedeu o lançamento da iniciativa) para 2012, passando de 1 milhão para 4,5 milhões de pessoas. Em 2011, o número já havia chegado a 2,8 milhões.
A gratuidade dos medicamentos também atraiu mais farmácias para participarem do programa Farmácia Popular. O número de farmácias da rede própria e drogarias conveniadas cresceu de 15 mil em janeiro de 2011 para 25,7 mil em janeiro de 2013. Atualmente, o programa está presente em 3.773 municípios brasileiros, dos quais 1.278 são considerados de extrema pobreza. Em 2011, estava presente em 2,5 mil municípios.
“A ação também tem conscientizado as pessoas da importância do acompanhamento médico periódico, uma vez que é obrigatória a apresentação da receita médica para a retirada dos remédios. Além disso, com a economia gerada com a gratuidade dos remédios, é possível as pessoas comprarem produtos de qualidade para ter uma alimentação saudável”, acrescentou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
Para retirar os medicamentos, basta apresentar o documento de identidade, CPF e receita médica dentro do prazo de validade. A receita pode ser emitida tanto por um profissional do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto por um por médico que atende em hospitais ou clínicas privados.
Orçamento – Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 2 bilhões no programa Farmácia Popular. Foram R$ 763 milhões em 2011 e R$ 1,3 bilhões em 2012. O orçamento para 2013 é de R$ 1,9 bilhão.
O Farmácia Popular é um complemento ao programa de assistência farmacêutica do Ministério da Saúde, que disponibiliza 810 medicamentos gratuitos aos brasileiros. Com o Farmácia Popular, o governo ampliou os pontos de retirada de medicamentos e o horário de atendimento aos usuários, que agora podem ter acesso a medicamentos em farmácias perto de casa.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Estão abertas as inscrições para voluntários da Força Nacional do SUS


Voluntários da Força Nacional do SUS prestam assistência à vítima de desastre | Foto: Erasmo Salomão – Ascom / MS
“Além da nossa função de atender na área de saúde, que é curar e prevenir doenças, procuramos levar esperança e tentamos mostrar para as pessoas que a vida pode melhorar e ser reconstruída”, afirma Gilvan Barreto, enfermeiro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), que saiu de Sergipe para ajudar como voluntário no atendimento de desabrigados pelas enchentes no Acre no início de 2012. Gilvan faz parte daForça Nacional do Sistema Único de Saúde (FNSUS) um componente humanitário do Ministério da Saúde que presta assistência rápida e efetiva às populações atingidas por catástrofes, epidemias ou crises assistenciais.
Assim como o enfermeiro, outras nove mil profissionais de saúde se inscreveram em 2012 para ser voluntário da Força Nacional. Devido ao grande número de pessoas que ligaram e passaram e-mails para o Ministério da Saúde querendo participar como voluntário e solicitando um novo cadastro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, autorizou a reabertura das inscrições para a Força Nacional do SUS. As inscrições devem ser feitas até dia 28 de fevereiro. Podem fazer parte da FNSUS voluntários de entidades públicas ou privadas que atuam na área da saúde, sendo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores de veículo, assistentes sociais e psicólogos. “A FNSUS está se fortalecendo a cada momento que um voluntário se inscreve. O valor desse profissional que está conosco, se dedicando, deixando sua família, seu trabalho na cidade onde vivem para passar 10 dias com a Força Nacional do SUS, isso é uma demonstração de amor, de respeito ao ser humano”, diz Conceição Costa, coordenadora Nacional de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde e responsável pela equipe da Força Nacional do SUS que está atuando em Santa Maria (RS).
A Força Nacional atua em todo o território nacional, como aconteceu no recente incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, que acarretou na morte de 238 pessoas e deixou mais de 100 feridos. E em território internacional, a exemplo do terremoto que atingiu o Haiti em 2010 quando mais de 100 mil pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas. “Atuamos quando todos os recursos são expirados. Atuamos em apoio aos estados e aos municípios em ações altamente integradas de apoio. Nossos profissionais atuam na assistência às vitimas”, explica a coordenadora.
Os voluntários da Força Nacional do SUS não recebem benefícios financeiros por participarem das ações. Entretanto, os profissionais que trabalham na rede pública de saúde são liberados durante o período necessário e não deixam de receber o salário. Conceição explica que a convocação é feita pela União aos gestores municipais e estaduais. Há um acordo de cooperação técnica para a liberação desses profissionais que ao fim da missão recebem uma declaração de participação na FNSUS. “Não existe um ganho financeiro, mas existe um ganho de amor a causa, um ganho de experiência profissional, de valorização as coisas mínimas da vida. Um ganho que escola nenhuma, universidade nenhuma nunca ensinou. Lições aprendidas a cada momento que você saí para atuar em cada situação de emergência à saúde pública. E o ganho de saber o quanto o SUS tem se fortalecido diante desses profissionais. O SUS não é do ministério, não é do estado, é da população”.
A FNSUS pede para que os profissionais que se cadastraram a primeira vez não se cadastrem novamente. Os voluntários que estão se cadastrando agora estão entrando no banco de dados da Força. A partir de março terá um cadastro único que soma os nove mil que já estão no cadastro com os novos inscritos.
Maria Sheila Almeida dos Santos, também foi convocada pela Força para ajudar os desabrigados das enchentes no Acre. Em um só dia a enfermeira do SAMU chegou a atender 50 crianças. Próximo a uma aldeia indígena, Sheila encontrou uma criança desidratada. “Não tínhamos como removê-la, pois o helicóptero não podia ir até a aldeia à noite. O barco também não, porque a travessia noturna era perigosa. A lancha balançava muito, mas conseguimos manter a criança hidratada para salvar sua vida e continuar o atendimento na cidade. A experiência foi muito válida. Você vê que seu trabalho pode ajudar o próximo, vale a pena, é gratificante. Todos que viajaram comigo têm a mesma opinião”, conta a voluntária.
Capacitação – Os profissionais terão capacitação específica para atuarem em situações de calamidade. “Destes nove mil inscritos, mil já foram selecionados e 320 já foram treinados no ano passado. Temos uma nova especialização em situação de desastre, que é feita por meio do hospital Sírio Libanês em parceria com o Ministério, mas essa é para nível superior. Após o carnaval estamos junto à Secretaria de Vigilância em Saúderevendo um cronograma intenso que vai contemplar as demais categorias profissionais. Nos novos cursos, que vão começar no fim do mês de maio, serão incluídos os novos candidatos”, explica a coordenadora Conceição Costa.
Estrutura – A FNSUS contará com Hospitais de Campanha para atendimento às vítimas de calamidade, podendo realizar, inclusive, cirurgias e estabilização de pacientes críticos e / ou graves em terapia intensiva, para posterior encaminhamento para a Rede de Urgência. Além disso, a equipe terá suporte de veículos de intervenção rápida e ambulâncias para assistência e remoção de suporte básico e avançado à vida.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ministério lança portal que reúne dados sobre atendimento a pacientes do SUS



Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (05), o Portal do Cidadão, uma ferramenta que permite ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) acessar informações sobre o atendimento que recebe nas unidades de saúde pública. No site, todo cidadão pode colocar informações sobre internações, cirurgias, atendimentos ambulatoriais de média e alta complexidade. Além disso, também vai ser possível acrescentar dados importantes relacionadas à saúde, como doenças crônicas, medicamentos de uso diário ou alergias.  “Criamos um acesso direto a um portal na internet onde o paciente pode colocar um conjunto de informações sobre a saúde dele. Com o nome do usuário é possível encontrar as informações sobre ele. Mas existem três opções: Pode ser público, pode ser apenas para o médico que a pessoa liberar ou com acesso restrito, onde só o usuário pode ver. Isso é do desejo dele. Mas as informações ficam guardadas com fortes critérios de segurança”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Os dados são de divulgação restrita aos pacientes, que poderão liberá-los a seu médico de confiança ou permitir que todos os profissionais que o atendam tenham acesso. Ao acessar estas informações, o profissional que tiver autorização do paciente poderá, de qualquer lugar, traçar o diagnóstico e ofertar o tratamento mais adequado ao histórico do usuário, que também pode incluir links de laudos e exames já realizados. “As informações podem ficar disponíveis para o médico pelo tempo que o usuário achar necessário. Pode ficar liberado dois meses ou por cinco anos. Lá o médico pode ter acesso a todos os registros e se tiver o e-mail cadastrado no portal ele poderá usar a plataforma para se comunicar com o paciente, como passar resultados de exames, por exemplo. As duas partes interessadas recebem uma informação eletrônica”, detalhou o ministro.
Para se cadastrar no site o usuário precisa informar apenas o nome e o número do CPF ou do número do Cartão SUS.  “A pessoa que não sabe se tem o cartão do SUS pode checar o número dele no Portal e até imprimir o cartão em casa, em folha A4. Quem não tem o cartão pode fazer o pré-cadastro pelo Portal e depois validá-lo na unidade de saúde mais próxima. E quem já tem o número pode atualizar todos os dados”, lembrou Padilha.
E-SUS – Outra novidade que o ministro anunciou foi o software público E-SUS Atenção Básica (E-SUS AB), uma ferramenta gratuita para os municípios brasileiros, capaz de organizar a gestão do funcionamento das unidades básicas. “É um passo importante do processo de informatização do SUS. Agora temos duas ferramentas, uma ferramenta voltada para o cidadão e uma para o gestor da UBS (Unidades Básicas de Saúde), feitas para melhorar o cuidado ao paciente e o conjunto da gestão”, declarou Alexandre Padilha.
Uma ferramenta para modernizar os serviços públicos de saúde que partir de um convênio entre o Ministério da Saúde e a Universidade Federal de Santa Catarina, irá implantar o prontuário eletrônico que, sem precisar de papel, reunirá todo o histórico de atendimento do paciente. A plataforma também oferece soluções para agendamento de consultas e monitoramento do cumprimento da carga horária dos profissionais de cada unidade básica de saúde.
As informações sobre os pacientes ficarão armazenadas nas unidades do município. Apenas os dados gerais, que servem para orientação de políticas públicas de melhoria da qualidade e do acesso ao SUS, constarão na base nacional do Sistema Cartão SUS. “O ministério desenvolveu a tecnologia e ajudou os municípios a economizarem com investimento em tecnologia. A partir de março os municípios já podem baixar a plataforma no site de atenção básica ou instalar por meio de pendrives. Agora a bola tá com os prefeitos!”, explicou o ministro.
Banda larga – “Fizemos um senso detalhado sobre o acesso a conectividade e batemos na porta de cada unidade básica de saúde. Cerca de 30% delas tem alguma internet”, comentou o ministro Padilha, antes de anunciar que irá custear a conexão com Internet banda larga para as quase 14 mil unidades básicas que aderiram ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ).
Em busca da ampliação do acesso, da melhoria da qualidade da atenção básica e para aperfeiçoar a capacidade de atendimento, o Ministério da Saúde fechou parceria com o Ministério das Comunicações e depois do carnaval será realizada audiência pública com as operadoras de telefonia para definir o cronograma de implantação do serviço de banda larga. A expectativa é lançar em março o edital para selecionar as empresas que levarão a conexão às unidades. Todos os custos serão pagos pelo Ministério da Saúde.
Mais ferramentas – Com o auxílio de mapas o portal também vai possibilitar consulta aos estabelecimentos que atendem pelo SUS, como unidades básicas, clínicas e hospitais. O usuário poderá localizar a opção de atendimento mais próxima e identificar pontos para retiradas de medicamentos na lista de farmácias do programa “Aqui Tem Farmácia Popular”, tanto nas públicas quanto nas redes privadas credenciadas.
Fonte:  Blog da Saúde