quarta-feira, 27 de março de 2013

Ministério da Saúde lança campanha de vacinação contra a gripe


O público-alvo é de 39,2 milhões de pessoas. A meta é vacinar, pelo menos, 80% deste grupo. Serão enviadas aos estados e municípios cerca de 43 milhões de doses da vacina | Foto: Rondon Vellozo / ASCOM-MS
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta terça-feira (26) o lançamento da 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, que este será realizada entre 15 a 26 de abril, sendo 20 o dia de mobilização nacional. Na campanha, serão vacinados os integrantes do grupo prioritário, formado por pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério), pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, além dos doentes crônicos, que este ano terão o acesso ampliado a todos os postos de saúde e não apenas aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs).
O público-alvo representa aproximadamente 39,2 milhões de pessoas. A meta do Ministério da Saúdeé vacinar 31,3 milhões de brasileiros, o que equivale a 80% do público-alvo. A campanha irá contar com 65 mil postos de vacinação e envolvimento de 240 mil pessoas, com a utilização de 27 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais. A ação é uma parceria entre as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) – Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde.
Serão distribuídas cerca de 43 milhões de doses da vacina, que protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Para apoiar as ações de mobilização da população e de preparação das equipes de saúde da família, o Ministério da Saúde está enviando aos estados e municípiosR$ 24, 7 milhões, recursos que serão repassados do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais.
Durante a apresentação da campanha, o ministro fez um apelo para que todos os integrantes do grupo prioritário se vacinem. “É importante que estas pessoas, com doenças cardíacas, pulmonares, obesos, transplantados renais ou que tenham alguma doença crônica associada, procurem os postos de vacinação e levem a prescrição”, explicou Padilha.
O ministro ressaltou ainda que neste ano, o Ministério da Saúde decidiu incluir também as mulheres em puerpério (45 dias após o parto) porque este grupo apresenta as mesmas condições de saúde das gestantes e também pelo fato de que, na amamentação,  a vacina ajuda a proteger o bebê.
PRESCRIÇÃO - Os doentes crônicos precisam apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS, deverão se dirigir aos postos em que estão cadastrados para receberem a vacina. Se na unidade de saúde onde são atendidos regularmente não existir um posto de vacinação, os pacientes devem solicitar prescrição médica na próxima consulta.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que a vacina é segura é a melhor arma para impedir doenças graves, internações ou mesmo óbitos por influenza. Segundo ele, durante os 60 anos que tem sido usada no mundo, esta vacina gerou conhecimento e segurança para os grupos indicados. “É mito aquela história de que a vacina pode causar gripe. O vírus usado é inativado, portanto não há transmissão da gripe pela vacina.  As vezes, a pessoa já estava como vírus em incubação, já que existem vários outros circulando com quadro parecido, como o resfriado, que não é protegido pela vacina. Ela pode ter tido contato com alguém com resfriado”, ressaltou Barbosa.
O secretário explicou  que não existe ainda uma vacina capaz de eliminar a transmissão da influenza, já que o vírus é mutável e tem muitos subtipos. “A influenza não é uma doença eliminável por vacina e nenhum país do mundo conseguiu isso. Na grande maioria, os casos são leves, mas em alguns grupos vulneráveis, podem ocorrer complicações, gerando outras doenças graves, como a pneumonia bacteriana. O objetivo da campanha não é eliminar a doença, mas prevenir e reduzir os casos graves e as internações e as mortes.
CAMPANHA- No lançamento da Campanha de vacinação contra a gripe de 2013, o Ministério da Saúde também fará uma ampla divulgação das medidas de prevenção que as pessoas devem adotar para evitar a gripe, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar contato com pessoas doentes e aglomerações, se estiver com sintomas dagripe, além de proteger a tosse e o espirro com lenços descartáveis.
Também é importante lembrar que mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o médico. A medida tem como objetivo possibilitar ao médico avaliar a necessidade de prescrever os antivirais específicos para a gripe, disponíveis de forma gratuita nas unidades da rede pública.
Os médicos também receberão informações sobre a necessidade de prescrever esses antivirais em determinadas situações, de acordo com o protocolo de tratamento da influenza, produzido pelo Ministério da Saúde. A vacina é um mecanismo importante para evitar casos graves e óbitos por gripe nos grupos mais vulneráveis.
BALANÇO - Na campanha do ano passado, 26 milhões de pessoas foram vacinadas o que representa 86,3% da população-alvo. O índice superou a meta de 80% prevista. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. O objetivo da vacinação é contribuir para a redução das complicações, internações e óbitos provocados por infecções da gripe.

terça-feira, 26 de março de 2013

Teste rápido para a tuberculose será oferecido no SUS


Foto: Rodon Vellozo / ASCOM-MS
Com a nova tecnologia, o diagnóstico sai em duas horas. O teste deverá estar disponível na rede pública a partir do segundo semestre deste ano
Ministério da Saúde vai disponibilizar, gratuitamente, na rede pública, um teste rápido para diagnóstico de tuberculose com capacidade de detectar a presença do bacilo causador da doença em apenas duas horas. O Gene Xpert, como é denominado, também identifica se a pessoa tem resistência ao antibiótico rifampicina, usado no tratamento da doença. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (25) pelo secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, em solenidade que marcou o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, celebrado neste domingo (24).
Para a implementação da nova tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde está investindo R$ 12,6 milhões. Os recursos são para a aquisição de testes, máquinas (computadores de última geração, com leitor de código de barras e impressora) e no treinamento dos profissionais de saúde. O teste rápido deverá ser disponibilizado na rede pública até o final desde ano.
“Este teste permite que as pessoas deixem as unidades de saúde já com o diagnóstico, possibilitando, assim, que iniciem o tratamento mais precocemente”, afirmou o secretário Jarbas Barbosa, durante a solenidade.
O Gene Xpert, que já está em funcionamento nas cidades do Rio de Janeiro e Manaus desde o ano passado, será implantado em todos os municípios com mais de 200 casos novos notificados em 2012. Também será disponibilizado nos municípios considerados estratégicos, segundo critérios epidemiológicos (municípios com grande população prisional, população indígena e algumas cidades de fronteiras). Do total de casos de tuberculose, 60 municípios respondem por 56% das novas notificações de todo o país.
SATISFAÇÃO – O teste rápido para o diagnóstico da TB utiliza técnicas de biologia molecular para identificar o DNA do Mycobacterium tuberculosis. No Rio de Janeiro e em Manaus foram realizados estudos de aceitabilidade e custo-efetividade do uso do novo teste. No quesito qualitativo, o Gene Xpert revelou alta satisfação por parte dos usuários e profissionais de saúde, especialmente pela rapidez no resultado e simplicidade de execução.
Segundo o secretário, com a implantação da nova tecnologia, o diagnóstico da tuberculose será mais eficiente, já que o novo método também apresenta sensibilidade maior (em torno de 95% na identificação dos casos) do que a metodologia tradicional (a baciloscopia de escarro), com sensibilidade de identificação de 60 a 70% dos casos. “Com o Gene Xpert, esperamos um aumento na detecção da chamada tuberculose resistente e, consequentemente, a redução da morbidade e mortalidade pela doença”, destacou Barbosa.
No exame tradicional são necessários de 30 a 60 dias para realizar o cultivo da micobactéria e outros 30 dias para se obter o diagnóstico de resistência à rifampicina). Com o novo teste, os índices de sensibilidade e especificidade chegam a 92,5% e 99%, respectivamente. O que diminui radicalmente a possibilidade de um resultado falso positivo.
CASOS - Dados do novo boletim epidemiológicorevelam que, no ano passado, o país registrou 70.047 casos novos de tuberculose, número 9,6% menor do que o em 2002 – com 77.496. Em 2012, a taxa de incidência da doença foi de 36,1/100 mil habitantes, enquanto em 2002 era de 44,4/100 – o que representa uma queda de 18,6% no período. Em 2010, o número aproximado de óbitos foi de 4,6 mil e a taxa de mortalidade em 2,4/100 habitantes.
“No Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, precisamos chamar a atenção para a doença como problema de saúde pública. Temos que combinar ações de saúde e estratégias que beneficiem as populações mais vulneráveis à doença”, afirmou o secretário, citando o trabalho das equipes de saúde da família no atendimento a estas populações.
Quanto ao perfil do paciente, aproximadamente 66% dos casos de tuberculose notificados, em 2012, são do sexo masculino. A frequência é maior entre 25 e 34 anos, em ambos os sexos. Quanto à escolaridade, 58,2% dos casos novos tinha até oito anos de estudo. São mais vulneráveis à doença as populações indígenas, presidiários, moradores de rua – estes devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde e às condições específicas de vida -; além das pessoas vivendo com o HIV.
Em 2012, o percentual de pacientes com tuberculose, que fizeram teste de detecção do HIV, subiu para 53,3%. Em 2001, apenas 25,8% dos pacientes fizeram o teste. Como a tuberculose é a principal causa de morte de pessoas com HIV, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de sobrevida do paciente.
CAMPANHA – O Ministério da Saúde vai enviar aos estados 1,5 milhão de folhetos explicativos da doença direcionados à população, além de 156 mil cartazes e 251 folders/cartilhas para os profissionais de saúde. O slogan da campanha é “Tuberculose: Tosse por mais de três semanas é um sinal de alerta. Quanto antes você tratar, mais fácil de curar. Procure uma unidade de saúde”.
Com abrangência nacional, a campanha tem como público principal homens, entre 25 e 35 anos. Seu principal objetivo é alertar e mobilizar a população sobre os riscos de contrair a doenças e as medidas de prevenção. Os textos reforçam que o tratamento é um direito de todos, garantido pelo SUS.
A tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma da tuberculose.  Qualquer pessoa com este sintoma deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. Para atingir a cura, o paciente deve realizar o tratamento durante seis meses, sem interrupção, que é oferecido gratuitamente pelo SUS.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Portal do Cidadão: adquira o Cartão SUS e acesse o prontuário eletrônico


Portal de Saúde do Cidadão, lançado em fevereiro deste ano, além de ser um passo importante do processo de informatização do Sistema Único de Saúde (SUS), veio para trazer facilidades aos pacientes e profissionais da área. O site reúne os dados cadastrais do usuário, possibilitando que ele acesse e coloque informações sobre internações, cirurgias, atendimentos ambulatoriais de média e alta complexidade da rede. O usuário também pode acrescentar dados relevantes relacionados a doenças crônicas, medicamentos de uso diário ou alergias.
Tudo isso pode ser de uso exclusivo do paciente, como um prontuário eletrônico, ou pode ser acessado por um ou mais médicos responsáveis pelo acompanhamento e cadastro das informações de saúde do paciente. Para isso, basta o usuário efetuar a autorização no próprio site. A ferramenta também permite a busca pelo hospital mais próximo através da pesquisa por geo-referenciamento das unidades de saúde de todo o Brasil. Além de ter acesso à lista dos estabelecimentos e dos medicamentos do Farmácia Popular.
Como acessar – Como este é um serviço novo, oferecido pelo Ministério da Saúde, o Blog da Saúde preparou um passo-a-passo para os usuários do SUS acessarem e se cadastrarem com facilidade no Portal de Saúde do Cidadão. O cadastro no site só pode ser realizado com o número do Cartão Nacional de Saúde. Porém, muitos pacientes não possuem ou não sabem se têm o cartão. Por isso, o Portal de Saúde do Cidadão também criou itens para consulta ao número do cartão, através do nome ou do número do CPF.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Consumo exagerado de sódio contribui com a obesidade e outras doenças


Foto: Ocean/Corbis
A estudante Thaís de Souza da Silva (23) está acima do peso porque não mantinha hábitos de vida saudáveis. “Comia muito fast food – pelo menos três vezes por semana. Também comia muita fritura, gordura e doces”, conta. Estes são alguns dos alimentos ricos em sódio, substância que, quando ingerida em excesso, auxilia no desenvolvimento da obesidade.
Ministério da Saúde também quer que a população brasileira consuma menos sódio. Além de não incentivar o uso exagerado de sal no preparo dos alimentos, o órgão também firmou um contrato com aAssociação Brasileira das Indústrias Alimentares (ABIA) para reduzir o teor de sódio em alimentos processados no Brasil. A expectativa é retirar, até 2020, mais de 20 mil toneladas de sódio do mercado brasileiro. O termo de compromisso prevê a redução da substância em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais, macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita/palha, biscoitos e maionese.
O sódio regula a quantidade de líquidos que ficam dentro e fora das células. Quando há excesso do nutriente no sangue, ocorre uma alteração no equilíbrio entre esses líquidos sobrecarregando o coração e os rins, situação que pode levar à hipertensão. O coordenador substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson, destaca que substituir temperos e observar as embalagens dos alimentos industrializados são maneiras práticas de diminuir o consumo de sódio. “A primeira etapa é o uso racional do sal de cozinha, tanto no preparo, quanto no consumo, buscando se possível até substitutos, outros temperos, para diminuir o uso desse sal. E, além disso, no caso dos alimentos processados, sempre comparando embalagens. Na rotulagem nutricional vai se ver porque tem uma grande variedade para a mesma categoria entre teores de sódio.”, explica.
Há um mês Thaís procurou ajuda no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para combater à obesidade. “O tratamento do NASF se baseia na alimentação saudável. Então a nutricionista montou um plano que muda os hábitos alimentares e incentiva a prática de exercícios físicos”, destaca a estudante. Ela também conta que eliminou o fast food de sua vida e que já diminuiu bastante o consumo de doces.
Dados do Ministério da Saúde revelam que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta, anualmente, R$ 488 milhões com o tratamento de doenças associadas à obesidade. Os números integram pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), que analisou dados de internação e de atendimento de média e alta complexidade relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças relacionadas ao problema. “Este é o momento de o Brasil agir em todas as áreas, prevenção e tratamento, atuando com todas as faixas etárias e classes sociais, com um esforço pra quem tem obesidade grave”, ressalta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Recomendação – A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o ideal é não ultrapassar o limite de consumo de 2 gramas de sódio por dia, o equivalente a 5 gramas de sal. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor além do dobro do recomendado.
O termo de compromisso estabelece o acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos produtos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado e da utilização dos ingredientes à base de sódio pelas indústrias.
Qualidade de Vida – Além de combater à obesidade, a redução do sódio da alimentação evita o desenvolvimento de hipertensão arterial, uma das Doenças Crônicas Não Transmissíveis combatidas pelo Ministério da Saúde.
Números da OMS indicam que há cerca de 600 milhões de hipertensos no mundo. A doença atinge, em média, 25% da população brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e, surpreendentemente, a 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes no Brasil.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Guia Alimentar auxilia na manutenção de hábitos saudáveis e combate à obesidade


Boa alimentação é sinônimo de vida saudável, prevenção contra o surgimento de doenças crônicas e melhor qualidade de vida. Foi com a adoção de hábitos de vida saudáveis que Sandra Regina Oliveira Rosa, de 43 anos, tem conseguido lutar contra a obesidade, adquirida há 15 anos. Desde março de 2012, a carioca se trata no Centro de Referência em Obesidade (CRO), daSecretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e com a ajuda de nutricionistas, psicólogos e educador físico ela já conseguiu perder 49 kg, dos 238 kg que pesava antes. “Eu não conseguia ficar em pé direito, não conseguia caminhar sem que alguém me ajudasse. E agora eu já ando sozinha, já vou aqui da minha casa até o portão, consigo abrir o portão. Essas são coisas que eu já não estava conseguindo fazer mais.”, relata a paciente.
A obesidade é um fator de risco para a saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. O governo federal incentiva à população a ter bons hábitos e conscientiza sobre os riscos de doenças causadas pela ingestão prolongada de alguns produtos, como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, linguiças, mortadelas, entre outros, que devem ser ingeridos com moderação.
Alimentação Saudável - Para auxiliar a população, o Ministério da Saúde criou o Guia Alimentar para a População Brasileira. O documento tem o propósito de contribuir para a orientação de práticas alimentares que visem à promoção da saúde e a prevenção de doenças relacionadas à alimentação. O guia também está baseado na preocupação com relação a deficiências de ferro e vitamina A, bem como o aumento da resistência imunológica relacionadas com as doenças infecciosas.
Uma boa alimentação deve conter frutas, verduras, legumes e cereais integrais que contêm vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo e devem ser ingeridos com frequência. As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias nocivas com a parede do intestino grosso. A ingestão de vitaminas em comprimidos não substitui uma boa alimentação. Os nutrientes protetores só funcionam quando consumidos por meio dos alimentos. O uso de vitaminas e outros nutrientes isolados na forma de suplementos não é recomendável para prevenção do câncer. Os bons hábitos alimentares vão funcionar como fator protetor se forem adotados ao longo da vida. Nesse aspecto devem ser valorizados e incentivados antigos hábitos alimentares do brasileiro, como o consumo de arroz com feijão.
Dez passos para uma alimentação saudável – No Guia Alimentar para a População Brasileira foram descritos os principais passos para uma alimentação saudável. São eles:










Nos casos de obesidade, a nutricionista do CRO, Caroline Niquini de Assis, explica que, além da reeducação alimentar, é fundamental ofertar ao paciente o acompanhamento psicológico para enfrentar a doença. “Não adianta eu passar determinadas orientações nutricionais se não souber como é que está a questão financeira do paciente, se não souber como é que está a aceitação dele pra determinadas orientações. De repente, ele chega aqui com uma demanda psicológica e não está preparado para emagrecer”, ressalta a especialista.
Ações em Desenvolvimento - Para frear a obesidade e o sedentarismo (fatores de risco importantes para doenças crônicas) e promover hábitos de vida mais saudáveis, o Ministério da Saúde prevê uma série de iniciativas no Plano de Ação para Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), por meio de parcerias com o setor privado e outras pastas do governo. Lançado em agosto de 2011, o plano tem por meta reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura causada por DCNT até 2022.
O ministério investe também em ações preventivas para evitar a obesidade em crianças e adolescentes, como oPrograma Saúde na Escola (PSE), que este ano está aberto a todos os municípios e passa a atender creches e pré-escolas. Para 2013, está previsto o investimento de R$ 175 milhões. Outra medida é a parceria do ministério com Federação Nacional de Escolas Particulares para distribuição de 18 mil Manuais das Cantinas Escolares Saudáveis como incentivo a lanches menos calóricos e mais nutritivos.
Para melhorar a dieta dos brasileiros e qualidade de vida, o Ministério da Saúde firmou um acordo com a indústria alimentícia que prevê a redução gradual do teor de sódio em 16 categorias de alimentos. A previsão é de que, até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio.
A autora da pesquisa apresentada nesta terça-feira (19), Michele Lessa, destacou a resposta do Ministério da Saúde à questão ao criar a linha para prevenção e tratamento da obesidade: “A partir de dados epidemiológicos disponibilizados pelo próprio ministério, foi possível fazer a associação da obesidade com outras doenças para analisar o valor gasto no SUS com o tratamento da obesidade”.
Fonte:  Agência Saúde

quarta-feira, 20 de março de 2013

Academia da Saúde colabora para a redução da obesidade no país


Foto: Portal Prefeitura de Belo Horizonte
A obesidade é um fator de risco para a saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (19), o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta anualmente com doenças associadas à obesidade cerca de R$ 488 milhões de reais.
Para estimular hábitos de vida saudáveis, o Ministério da Saúde criou o Programa Academia da Saúde. O objetivo é criar espaços adequados para a prática de atividade física, orientação nutricional, oficinas de artes cênicas, dança, palestras e demais atividades que promovam modos de vida saudáveis, e a prevenção e  redução de mortes prematuras por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
Segundo a diretora do Departamento de Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, quatro mil unidades da Academia da Saúde estarão instaladas em todo o país até 2014. A previsão é que até o final de 2013, 2.600 polos já estarão prontos. “Teremos profissionais de saúde que irão estimular a população a praticar atividade física e desenvolver também hábitos e práticas saudáveis. Com isso, buscaremos com que as pessoas se tornem mais ativas e insiram o tema e a prática da atividade física no seu dia a dia”, explica. Os polos da Academia da Saúde contam com educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais da saúde.
A atividade física, além de prevenir o excesso de peso e diminuir o nível de gordura no sangue, auxilia no aumento do HDL (colesterol bom), fundamental para o bom funcionamento do organismo.
Obesidade – A obesidade é um fator de risco para a saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer com doenças cardiovasculares, principalmente isquêmicas (infarto, trombose, embolia e arteriosclerose), além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer, esteatose hepática (gordura no fígado) e distúrbios psicológicos.
De acordo com a última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), divulgada pelo Ministério da Saúde, quase metade da população brasileira está acima do peso (48,5%). O estudo mostrou ainda que também houve um aumento no número de obesos. Em 2006 eram 11,4%, e em 2011 este número chegou a 15,8%.
Quando se trata das crianças, os dados também são alarmantes. Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar de 2009 (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 34,8% das crianças com idade entre 5 e 9 anos estão acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Já na faixa de 10 a 19 anos, 21,7% dos brasileiros apresentam excesso de peso – em 1970, este índice estava em 3,7%. Neste grupo, o índice de massa corporal (IMC) — razão entre o peso e o quadrado da altura — deve ficar entre 13 e 17.
Para a OMS, esses índices representam uma mudança do padrão de consumo alimentar atual, que está baseado na excessiva ingestão de alimentos ricos em açúcares simples, gorduras saturadas, sódios e conservantes, e está pobre em fibras e micronutrientes.
“A gente também entende a obesidade como uma doença em si, que traz repercussões sobre a diminuição da qualidade de vida das pessoas, diminuição da autoestima e dessa forma tem os seus determinantes. Por isso é tão importante ter uma resposta específica para a obesidade”, afirma Patrícia Jaime, coordenadora da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.
Fonte: Blog da Saúde

terça-feira, 19 de março de 2013

Saúde na Escola: Pais devem ouvir filhos na hora da escolha do tipo de óculos


Foto: Tetra Images/Corbis
Ao contrário do que podem pensar os adultos, criança e óculos podem ser uma boa dupla. Elas se adaptam rapidamente ao equipamento, até porque enxergam melhor. O oftalmologista Marco Rey Faria, presidente do Conselho Federal de Oftalmologia (CBO), diz que os mais preocupados são os pais, que temem a rejeição dos filhos aos óculos, além de serem vítimas de piadas entre os colegas de escola.
Faria explica que quando a criança tem uma deficiência e passa a ver tudo nítido, ela não quer tirá-los. “Um certo desconforto pode ocorrer nos primeiros dias. É normal. Depois da adaptação, algumas crianças não querem tirar nem para tomar banho”, afirma o oftalmologista. Enzo Matheus, de 9 anos, até dorme com os seus. Portador de quatro graus de hipermetropia no olho esquerdo e dois graus de miopia no olho direito, o garoto usa óculos desde 2011. Hoje, no sétimo ano, participa das aulas sem nenhum problema.
Apesar da pouca idade, ele cuida muito bem dos óculos. A mãe dele, Sueli Bastos Mendes, conta que o menino lava os óculos todos os dias e o enxuga com um pano especial, seguindo as recomendações do médico. “Cuidadoso, os guarda em uma caixinha. As lentes são especiais: elas não arranham. Assim, eu fico despreocupada, pois tenho certeza de que ele pode brincar a vontade, sem danificar os óculos”, conta Sueli, que trabalha na Secretária de Vigilância a em saúde (SVS).
Segundo o presidente do CBO, não há uma idade mínima para o uso de lentes corretivas, mas o mais comum é a indicação de óculos a partir dos dois anos, caso seja um problema de refração grave. Ele explica que a maioria dos distúrbios como miopia, hipermetropia e astigmatismo são descobertos na idade escolar, quando há necessidade de maior nível de leitura. Sueli, por exemplo, levava Enzo ao oftalmologista, mas a hipermetropia só foi diagnosticada quando o garoto tinha sete anos.
Com o distúrbio diagnosticado, Faria aconselha consultas oftalmológicas anuais para observar possíveis variações de graus. E da uma dica importante: “Os pais devem orientar na hora da escolha da armação, específica para cada tipo de refração. Porém, a criança deve ser ouvida também. Afinal, é ela que irá usar os óculos”, afirma Faria.
Olhar Brasil - A estratégia do Programa Saúde na Escola (PSE) para 2013 tem duas vertentes: controle da obesidade e detecção precoce de distúrbios refrativos de visão em crianças em idade escolar. Após as avaliações feitas durante semana, as visitas dos profissionais de saúde permanecem ao longo do ano letivo para acompanhamento.
A assistência oftalmológica infantil faz parte do Projeto Olhar Brasil, desenvolvido pelos ministérios da Saúde e da Educação, em parceria com instituições como o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). O objetivo é o de oferecer tratamento oftalmológico integral, ampliar a capacidade instalada de atendimento no País, além de reajustar valores de procedimentos na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). O Olhar Brasil prevê a ampliação do atendimento de jovens e adultos matriculados na rede pública e inseridos nos programas Saúde na Escola (PSE) e Brasil Alfabetizado (PBA).

segunda-feira, 18 de março de 2013

Saiba como prevenir e tratar a incontinência urinária


Foto: reprodução
No mês em que é lembrado o Dia Mundial da Incontinência Urinária (14 de março), problema caracterizado pela perda involuntária de urina, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e o Instituto Lado a Lado pela Vida fazem campanha para alertar para as formas de prevenção e conscientizar a população de que há tratamentos extremamente eficazes e minimamente invasivos para o retorno do controle miccional. A incontinência urinária abala a qualidade de vida ao afastar o doente do convívio social.
A campanha é promovida no Facebook da SBU e também pelo site criado exclusivamente para a ação: www.incontinenciaurinaria.com.br.
O problema atinge principalmente mulheres após a menopausa e gestantes. Um estudo brasileiro demonstrou que 35% das mulheres após a menopausa sofrem de incontinência urinária ao fazer algum esforço. “Outro dado importante é que até 40% das mulheres gestantes vão apresentar um ou mais episódios de incontinência urinária durante a gestação ou logo após o parto. Vários fatores podem desencadear este problema, como por exemplo, alterações hormonais durante a gestação, enfraquecimento das estruturas ligamentares da pelve e aumento da pressão no abdome, gerada pelo crescimento e posição do feto”, explica o urologista e coordenador do Departamento de Uro-neurologia da SBU, Márcio Averbeck.
Entre os homens, cerca de 5% dos submetidos à cirurgia radical para remoção da próstata também podem apresentar o problema. Outro grupo de pacientes que tem incidência aumentada de incontinência urinária é o de lesados medulares, devido ao aumento dos acidentes de trânsito com vítimas não fatais.
Tipos de incontinência:
  • a de esforço: quando há perda de urina ao tossir, rir, fazer exercício, etc.
  • a de urgência: ocorre quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo ao banheiro.
  • a mista: associação os dois tipos anteriores.
“Mais da metade dos casos de incontinência urinária é de esforço”, afirma Averbeck. Neste caso, o tratamento consiste em exercícios para o assoalho pélvico, medicamentos ou cirurgia. Entre as novidades em tratamentos está a cirurgia para implante de slings e minislings, uma fita de material sintético colocada abaixo da uretra para sua sustentação. Ambas cirurgias são ambulatoriais e há melhora em até 90% dos casos.
Prevenção - A prevenção à doença se dá com administração de exercícios para o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. O exercício consiste na contração do assoalho pélvico por 10 segundos e o relaxamento por 10 segundos. O movimento deve ser repetido 10 vezes por, pelo menos, três vezes ao dia. Estes músculos são importantes para o controle da micção.
“A primeira opção de tratamento é o exercício acompanhado por um médico ou fisioterapeuta para conscientização do músculo que precisa ser contraído. Em muitos casos, o exercício já resolve o problema, por isso é necessário consultar o urologista”, diz Averbeck.
Além dos exercícios, ter hábitos saudáveis auxiliam na prevenção, tais como: evitar o sedentarismo e a obesidade; controlar o ganho de peso nas gestações; evitar a prisão de ventre; não fumar para diminuir a tosse e a irritação da bexiga.
A SBU ressalta ainda que é preciso prevenir acidentes que levem à lesão medular:
  • Não beber e dirigir para evitar acidentes de trânsito;
  • Não mergulhar de cabeça em praias e rios sem conhecê-los;
Bexiga hiperativa - Outra causa para a incontinência urinária é a bexiga hiperativa. Esta pode ser a causa da urgência para urinar e, em alguns casos, pode estar associada à contração involuntária da bexiga em momentos inapropriados, o que causa a perda da urina. Estima-se que 18% da população adulta no Brasil sofra de bexiga hiperativa.
Neste caso, a fisioterapia e o uso de medicamentos via oral também podem ser eficazes. Nos casos nos quais os tratamentos conservadores não funcionam, ainda existe a possibilidade de implantar um aparelho capaz de estimular eletricamente os nervos da pelve, ou então administrar toxina botulínica diretamente no músculo da bexiga. As opções de tratamento são bem diversificadas.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Doenças crônicas e diabetes são temas de cursos para a Atenção Básica


Ministério da Saúde promove dois cursos sobre doenças crônicas e autocuidado da pessoa com diabetes, direcionados aos profissionais da atenção básica. A iniciativa tem como objetivo fortalecer a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, criada em fevereiro deste ano. Serão ofertados dois cursos – na modalidade à distância – sobre diabetes. Eles são uma parceria entre a UNA-SUS e a UFCSPA e pretende fortalecer também os processos de trabalho dos profissionais que atuam diretamente na assistência dos usuários.
O primeiro é o curso Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde. Destinado aos profissionais de nível superior que atuam na atenção básica em municípios de 50 a 100 mil habitantes, o curso trabalha temas relacionados às doenças crônicas (hipertensão, diabetes, obesidade) e questões de promoção da saúde além de temas corriqueiros na realidade de trabalho dos profissionais que atuam neste nível de atenção.
Os interessados devem realizar sua inscrição pelo e-mail cronicas.ead@saude.gov.br. As vagas são ilimitadas e a carga horária total do curso é de 48 horas. Informações para efetuar o cadastro estarão disponíveis no sitehttp://www.atencaobasica.org.br. 
Diabetes - O segundo curso, Autocuidado: como apoiar a pessoa com diabetes, é destinado aos profissionais de nível superior da atenção básica, com carga horária de 20 horas. Tem como finalidade instrumentalizar e sensibilizar o profissional de saúde para apoiar a pessoa com diabetes em relação ao seu autocuidado. As vagas – 4.000 no total – serão distribuídas em oito turmas, conforme o cronograma.
Para o segundo curso, a inscrição deve ser efetuada por meio de cadastro na Plataforma Arouca.
Fonte: UNA-SUS

quinta-feira, 14 de março de 2013

Ferramenta agiliza atendimento em serviços da Atenção Básica


E-SUS Atenção Básica (E-SUS AB) é um software público criado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o objetivo de organizar o funcionamento de diversos setores das Unidades Básicas de Saúde (UBS). A nova ferramenta está disponível gratuitamente a todos os municípios brasileiros e vai proporcionar mais qualidade ao cuidado à população. Por meio dela será possível uma melhor organização dos processos de trabalho e dados, redução no tempo de espera pelas consultas, avaliação e acompanhamento do trabalho das equipes. A mudança será sentida por todos: gestores, profissionais de saúde e usuários.
De fácil manejo e bastante intuitivo o novo sistema de informação da atenção básica tem como foco facilitar o trabalho das equipes, organizando as informações importantes de uma forma simplificada e unificada. O E-SUS Atenção Básica oferece duas ferramentas para atender aos diversos cenários de informatização e conectividade dos serviços de saúde. A primeira ferramenta é um sistema de software que dá suporte às UBS com computador nos consultórios e salas de atendimento usando o sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC). “Quando o profissional for atender o paciente na Unidade Básica de Saúde, ele já saberá quais são as doenças que o paciente já teve, quais tratamentos já foram realizados, quais medicamentos que ele toma, quais são os exames já foram solicitados”, detalha o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Heider Pinto.
A outra ferramenta é um sistema que pode operar em uma UBS sem computador, por meio do sistema com Coleta de Dados Simplificada (CDS), usando fichas de papel. A quantidade de fichas a serem preenchidas diminui, além de terem um preenchimento mais simplificado e garantirem melhor fluxo da informação. Esta modalidade é destinada aos municípios cujas unidades de saúde não estão informatizadas. O Ministério da Saúde cogita que a economia gerada pelos municípios pode chegar a até R$ 2 milhões.
Ambas as ferramentas do sistema e-SUS AB individualizam o registro por meio do Cartão Nacional de Saúde, promovendo uma efetiva coordenação e gestão do cuidado do cidadão, além da possibilidade de troca de informação com os outros serviços de saúde. O sistema e-SUS AB é o novo sistema para a Atenção Básica, que busca substituir os sistemas atuais como o SIAB, SISVAN, HIPERDIA, entre outros. O sistema poderá ser utilizado também pelas equipes dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF), de Consultório na Rua (CnR), de Atenção Domiciliar (AD) e com adesão aos programas Saúde na Escola (PSE) e Academia da Saúde.
As ferramentas do E-SUS AB ainda são flexíveis quanto ao seu uso conectado ou não à internet, ou seja, independente de qual ferramenta for instalada na UBS, caso essa não tenha conexão à internet, é possível fazer uma instalação off-line. No entanto, é necessário ter ao menos uma versão online do e-SUS AB no município, para envio das informações para o sistema nacional. O software possui também ferramentas de suporte Online, como Skype e HelpDesk, além de treinamento especializado e suporte presencial.
Está prevista, para o segundo semestre de 2013, uma atualização do sistema do E-SUS AB, em que serão incluídas outras funcionalidades, como por exemplo, prontuário com abordagem familiar, controle de imunização, prontuário de saúde bucal, gestão da lista de espera de encaminhamentos, gestão do cuidado a doenças crônicas, integração com Telessaúde e geração de relatórios dinâmicos. Ainda, será possível monitorar pacientes faltosos e realizar controle de dispensação de medicamentos e exames pelo computador.
Banda Larga - Para ampliar a adesão ao software e aperfeiçoar a capacidade de atendimento, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério das Comunicações, também irá custear conexão a internet banda larga para as quase 14 mil unidades básicas que aderiram ao PMAQ, Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. O programa amplia o acesso e melhora a qualidade da atenção básica.
O ministro Alexandre Padilha destaca investimentos na informatização das Unidades Básicas de Saúde: “O Ministério da Saúde vai investir 45 milhões de reais este ano para garantir à toda Unidade Básica de Saúde que participar desse Programa de Qualidade o acesso à banda larga com velocidade adequada. Porque a banda larga funcionando na Unidade Básica de Saúde garante o funcionamento de um sistema de informação como esse.” Todos os custos serão pagos pelo Ministério da Saúde.
Fonte: Minitério da Saúde